O Laboratório de Análises de Dopagem (LAD) de Lisboa recuperou a acreditação, quatro anos depois de ter sido revogada, por decisão do comité executivo da Agência Mundial Antidopagem (AMA).
Corpo do artigo
O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) saudou esta sexta-feira a "boa notícia para o desporto nacional", com a recuperação das credenciais do Laboratório de Análises de Dopagem (LAD) de Lisboa, atribuindo o mérito ao Governo.
"É uma boa notícia para o desporto nacional e há que reconhecer que é mérito do Governo, da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) e do Instituto Nacional Ricardo Jorge, que, neste momento, tem responsabilidade de proceder às análises", afirmou José Manuel Constantino, em declarações à agência Lusa.
O comité executivo da Agência Mundial Antidopagem (AMA) aprovou hoje, em Sydney, na Austrália, a recomendação do seu grupo consultivo de especialistas em laboratórios para reacreditar o LAD.
O LAD ficou sem credenciais em 25 de outubro de 2018, pouco mais de dois anos depois da suspensão, em 15 de abril de 2016, inicialmente por um período de seis meses, face à não conformidade com as normas internacionais, como a falta de independência do laboratório, os atrasos dos resultados dos relatórios e falhas na aplicação de métodos obrigatórios para deteção de substâncias.
De acordo com o Governo, a integração no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), aprovada em Conselho de Ministros em 5 de maio último, foi decisiva para a recuperação das credenciais do Laboratório de Análises de Dopagem (LAD) de Lisboa.
15189067
"Todas estas entidades conseguiram reacreditar o laboratório, o que é, naturalmente, uma boa notícia para o desporto nacional, não apenas em termos de imagem internacional, mas pela possibilidade de se procederem às análises em Portugal e, com isso, ter uma economia de custos muito significativa", explicou Constantino.
O presidente do COP realçou o desfecho, sem ter estranhado a morosidade do processo.
15190884
"Era um conjunto de questões que não estava em conformidade com o código da AMA e, portanto, o Governo português e a ADoP tiveram de adotar um conjunto de procedimentos que dessem garantias que se cumpriam os padrões internacionais e que o LAD fosse reconhecido. Naturalmente, isso demorou algum tempo", rematou.
Uma das desconformidades prendia-se com a necessidade de se garantir a independência das organizações antidopagem relativamente ao setor do desporto, uma vez que o LAD estava na dependência do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).