"Consigo ver quatro equipas a desaparecer se não lidarmos com isto de forma agressiva"
CEO da McLaren teme pelo futuro da Fórmula 1, depois da temporada de 2020 estar constantemente a ser adiada, revelando que as equipas já acordaram a redução do teto salarial
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Com possível arranque a 14 de junho, no Canadá, após terem sido adiados/cancelados os oito primeiros Grandes Prémios, a Fórmula 1 prepara-se para a crise de uma paragem forçada, sendo o CEO da McLaren a mais recente voz de alarme.
Em entrevista à BBC, Zak Brown acredita que várias equipas do "grid" correm o risco de desaparecer e nem os projetos futuros, como o da Aston Martin, estão a salvo.
"Se eu consigo ver duas equipas a desaparecer com tudo o que está a acontecer se não lidarmos com a situação de forma agressiva? Sim. Até consigo ver quatro a desaparecer se não lidarmos com isto de forma correta", afirmou o responsável.
"Com o tempo que leva a criar uma equipa, com a crise económica e sanitária que estamos a enfrentar não haverá pessoas interessadas em comprar como tem acontecido historicamente... A Fórmula 1 está num momento muito frágil", acrescentou.
Brown recordou os anos recentes com 18 carros na grelha de partida, antes da passagem para 20. "Na realidade dá para perder uma equipa. Duas é o suficiente para ligar o alarme, três significariam problemas substanciais", defendeu, adiantando que as escuderias já concordaram com a diminuição do teto orçamental de 175 milhões de dólares para 150, incluindo as três principais (Mercedes, Ferrari e Red Bull).
"Uma das equipas da frente inclusive está disposta a baixar mais", revelou Brown.