Confusão no Mundial de Boxe: França sem equipa feminina por causa dos testes de género
Em França os testes não se podem realizar e os galeses pediram os testes a laboratório recomendado pela World Boxing
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A federação francesa de boxe reagiu com estupefação ao facto de ficar sem equipa feminina no Mundial de Boxe, após o laboratório de Leeds, onde encomendou os testes de género, não entregar os resultados a tempo.
A World Boxing impôs a necessidade de entregar testes cromossomáticos para as atletas femininas e em França, por lei (salvo exceções), esses testes não são permitidos. Assim, a federação seguiu a recomendação da World Boxing e fez os testes num laboratório inglês, que não cumpriu os prazos.
"Com espanto e indignação, a equipa francesa soube na quarta-feira à noite que a equipa francesa de boxe feminino não poderia competir no primeiro Campeonato Mundial organizado pela World Boxing. Apesar das garantias que nos foram dadas pela World Boxing, o laboratório que nos recomendaram não conseguiu entregar os resultados a tempo. Como resultado, as nossas atletas, assim como as de outros países, caíram nesta armadilha e foram excluídas", comunicou a federação francesa de boxe, em lamento e queixa partilhada pela ministra do desporto do país gaulês, Marie Barsacq: "É inaceitável. Partilho a indignação legítima das nossas boxeadoras."
A World Boxing já respondeu: "A organização deixou claro que os testes são da responsabilidade das federações nacionais, uma vez que estas têm ligações mais estreitas e maior acesso aos seus atletas e estão em melhor posição para gerir o processo de testes. Também supervisionam o processo de entrada dos pugilistas, pelo que sabem quem precisa de ser examinado e quando."