Começar cedo para ir longe: Diogo Marujo é o português mais jovem nos ralis
Diogo Marujo fez 19 anos em fevereiro, é o português mais jovem nos ralis e quer correr o Europeu. Rali de Portugal tem os WRC Júnior, mas só o belga Thomas Martens é mais novo do que o jovem da Ericeira, que possui um mais potente Skoda WRC2. Fazer carreira internacional é o seu sonho.
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Fez 19 anos a 16 de fevereiro, já contava então uma época no Campeonato de Portugal de Ralis, com o Peugeot 208 Rally4 do Troféu Ibérico, e saltou no início deste mês para um Skoda Fabia Rally2. Diogo Marujo é da Ericeira, está pela segunda vez no Rali de Portugal (estreou-se com o 33.º posto, sendo um dos quatro pilotos nacionais que terminaram) e está a aprender para tentar voos mais altos. “Uma carreira internacional é o meu sonho e o de qualquer piloto. Vamos ver se é possível. Agora depende de mim”, diz a O JOGO, desembaraçado e com uma maturidade pouco comum.
Marujo começou no karting, mas fez uma opção menos comum. “Quase todos os pilotos dos karts querem fazer carreira nas pistas. Mas estava um bocadinho saturado, não fazia sentido continuar por aí e experimentei as bajas, que o meu pai e o meu irmão já tinham feito. Adorei, fiquei a adorar andar em terra e quando fiz ralis no asfalto ainda gostei mais. É mesmo disto que gosto!”, exclama o jovem, que estuda Contabilidade no ISCAL. Tendo passado pelo todo o terreno, as duas rodas motrizes do ano passado não o satisfizeram por completo e só agora se sente realizado. “O Skoda é muito mais fácil de conduzir, mais intuitivo do que o Peugeot. Sinto-me mais confortável”, refere, com uma confissão: “Faltam-me uns 20% para chegar aos lugares da frente e isso será o mais difícil”.
“Este é um desporto em que a experiência conta muito. Por isso alguns dos mais velhos são os que andam mais rápido”, afirma, pouco impressionado por ser o segundo mais novo no Rali de Portugal, a seguir ao belga Thomas Martens, oito meses mais jovem e um dos 12 pilotos do WRC Júnior, campeonato que não seduz Marujo, até por ser com o Ford Fiesta Rally3. “Ser o português mais novo é importante, por me dar tempo de evolução nos ralis. No início da época estivemos indecisos entre o WRC3 ou WRC2, tendo surgido a oportunidade de andar com o Skoda. Mais para a frente podemos pensar no Europeu, pelo menos fazer uma ou outra prova”, completa.