Testes 72 horas antes de viajar, testes à chegada, permanência na Vila Olímpica e deslocações apenas para a prova, são algumas das normas a ser seguidas pelos competidores nos Jogos Olímpicos
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Os Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados de 2020 para 2021, e que estão previstos para julho e agosto (23/08 a 8/09), estão ameaçados pela pandemia, mas depois de ter sido noticiado o novo adiamento do grande evento, o governo japonês já disse que a competição vai mesmo realizar-se.
É neste cenário que John Coates, vice-presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), em entrevista à Sky News Austrália, afirmou que haverá regras restritas em torno dos atletas, destacando o facto de estes terem de se cingir ao sítio onde ficam alojados e às deslocações para as provas.
Coates afirmou que os atletas não serão colocados em quarentena à chegada, mas referiu que estão sujeitos a testes regulares para covid-19 durante os Jogos.
Espera-se que as medidas sejam descritas com mais detalhes nos comunicados do COI e da organização local, a partir da próxima semana, devendo estes documentos incluir uma série de regras que os atletas devem seguir antes de viajar para o Japão. Os participantes devem passar por um período de quarentena antes de viajar para Tóquio e serão submetidos a testes frequentes, inclusive no aeroporto e na Aldeia Olímpica.
O dirigente afirmou ainda que os organizadores tudo farão para garantir que a Aldeia Olímpica seja o lugar mais seguro do Japão. "Os comunicados darão instruções sobre o que se espera dos atletas antes de irem para os Jogos, por exemplo", disse Coates. "Eles devem passar por testes 72 horas antes de viajar para Tóquio. Eles serão testados à chegada e serão testados, se continuarem negativos, a cada quatro dias., ficando limitados à Vila Olímpica e ao transporte até o local para a competição e treinos, sem nunca irem ao centro."
O COI confirmou, no mês passado, que os atletas deverão chegar à Vila Olímpica cinco dias antes da sua competição, partindo, no máximo, dois dias depois. O COI disse que isso foi projetado para reduzir o número de residentes na Vila Olímpica e minimizar o risco de exposição ao vírus.
A perspetiva de Jogos Olímpicos e Paraolímpicos sem público tem sido discutida nos últimos meses. O presidente do Mundial de Atletismo, Sebastian Coe, expressou na semana passada confiança na realização dos Jogos, mas admitiu que o evento pode ser forçado a acontecer sem espectadores.
De acordo com o presidente do Tóquio'2020, Yoshirō Mori, uma decisão sobre se o público será tomada em março. "Temos que olhar para a capacidade e para a situação", disse Coates à Sky News Austrália, acrescentando: "Será uma decisão tomada em março ou abril. "Pode ser que não haja espectadores estrangeiros. Devemos deixar essas decisões o mais tarde possível."
Coates, que preside a Comissão de Coordenação Tóquio'2020, disse que "um segundo adiamento não será opção".