CEO da Fórmula 1 confirma: "Portugal mostrou interesse, mas há poucas vagas disponíveis"
Stefano Domenicali abordou o interesse de vários países de voltarem a ter provas de F1
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Na antecâmara do GP de Itália, Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, confirmou que Portugal manifestou interesse em voltar ao circuito, tal como adiantara o Primeiro-ministro Luís Montenegro em jeito de certeza há semanas. "Temos tudo pronto para formalizar o regresso da Fórmula 1 ao Algarve em 2027", disse Montenegro a 14 de agosto.
"Há Portugal, a Turquia e, recentemente, Hockenheim [Alemanha] — que tem novos proprietários — a demonstrarem interesse. O mais importante que os potenciais anfitriões devem compreender é que há muito poucas vagas disponíveis, por isso, aqueles que se sentam à mesa precisam de solidez financeira. Hoje, a situação é diferente da de há alguns anos, não só pelo que é necessário para entrar na F1, mas também pelo que deve ser investido. Não nos esqueçamos de que estamos a apostar fortemente na sustentabilidade: todos os promotores devem estar preparados para cumprir as normas de neutralidade carbónica de 2030. Os eventos que recebem 450 a 500 mil pessoas enfrentarão desafios em termos de energia, gestão geral e tudo o que os rodeia. Estamos a trabalhar seriamente nestas questões e os promotores devem alinhar-se. Aqueles que não estiverem preparados não poderão organizar um evento", afirmou Domenicali.
Portugal contou com uma prova do Mundial de F1 pela última vez em 2021, durante a pandemia de covid-19.
Ímola vai cair do circuito e a continuidade de Barcelona está em dúvida, mas a maioria tem contratos de longa duração, o que dificulta a entrada de novos circuitos. "Assinámos contratos importantes com muitos promotores. Os prazos longos significam a capacidade de distribuir os investimentos já feitos ou planeados. Temos muitos pedidos. Em 2026, Zandvoort [Países Baixos] sediará o seu último Grande Prémio, por isso estamos a discutir novas adições, incluindo eventos alternados. Mas não serão muitos: um ou dois, não mais do que isso. Barcelona está interessada numa vaga alternada", prosseguiu, completando: "Com exceção de alguns poucos casos, devo dizer que cerca de 90% dos promotores recebem contribuições do seu governo ou de entidades relacionadas. Sem esse apoio, é muito difícil."