Cavalcanti, do sonho perdido ao sabor especial: "Estou a 100% para ajudar a equipa"
Lateral-esquerdo Alexandre Cavalcanti foi ontem o porta-voz da equipa das Quinas, dando conta da "difícil" perda dos Jogos Olímpicos, que falhou por lesão, mas também da felicidade dos Europeus
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Tem 25 anos, feitos a 27 de dezembro, e joga no HBC Nantes, de França. Alexandre Cavalcanti tem uma carreira de altos e baixos, marcada por algumas lesões. A última impediu o antigo jogador do Benfica de participar nos Jogos Olímpicos, em que a Seleção Nacional esteve presente, tendo o andebol sido a primeira modalidade coletiva de pavilhão portuguesa a consegui-lo em toda a história do desporto português.
"Foi uma recuperação complicada, um momento muito difícil para mim. Não consegui participar nos Jogos Olímpicos, que era um grande sonho meu. Restabeleci-me em Nantes e regressei dentro dos parâmetros normais no início da época. Acabei por viver já um momento bastante feliz no clube, ao vencer a Taça da Liga Francesa, em dezembro, em Metz, o que tornou todo este processo mais fácil", recordou o meia-distância.
Agora, a formação comandada por Paulo Jorge Pereira estás prestes a enfrentar mais uma grande competição - a quarta consecutiva num curto espaço temporal: Europeu de 2020 (6.º e melhor lugar de sempre), Mundial de 2021 (10.º e melhor classificação de sempre), Jogos Olímpicos e, dentro de uma semana, arranca o Campeonato da Europa, na Hungria e na Eslováquia.
"Quanto ao Europeu, encontro-me a 100% para ajudar a equipa a passar a fase de grupos, que é o nosso principal objetivo e, se possível, posteriormente, pensar jogo a jogo. É para mim um grande orgulho e uma experiência incrível participar nestas duas edições, sendo que a primeira, com a nossa melhor classificação de sempre, foi excecional. Mas representar Portugal tem sempre um sabor especial", reagiu o atleta de 2,03 metros.
A Islândia será o primeiro adversário de Portugal, dia 14, e Cavalcanti analisa a estreia: "Conhecemos muito bem esta equipa, tal como eles nos conhecem a nós devido ao passado recente. Este país tem uma grande tradição no andebol e, tipicamente, boas atuações nas provas em que participa. São uma equipa muito forte e rápida ofensivamente, por isso teremos de estar preparados para combater essa mais-valia. Contam também com um treinador bastante experiente e com o capitão Aron Palmarsson, que é uma peça fundamental no ataque".