Cassiano Klein: "A nossa equipa era conhecida por não ter o poder de vencer"

Sobre a vitória frente ao Sporting: "Estou muito feliz pelo momento e pela nossa conquista. Até comentei antes que era um jogo que era desafiante para nós. A nossa equipa era conhecida por não ter o poder de vencer. Vejo uma equipa com qualidade. Acredito que a grande virtude deste grupo foi perceber que não precisava muito da parte mental. Antes estávamos preocupados com coisas que não podíamos controlar, inclusive no jogo, com o adversário, a arbitragem, enfim... Um grande jogo tem isso e um grande jogador tem que ter uma parte mental muito forte."

O campeonato de futsal português é mais intenso do que imaginava? "O futsal português é o mais intenso do mundo. Tomas decisões a jogar com lentidão é uma coisa, mas tomar boas decisões com um jogo muito rápido é para poucos. Estes dérbis exigem muito isso. Às vezes, não conseguimos jogar e não é por falta de método do ataque."

Que mensagem passou aos jogadores no intervalo? "A mensagem ao intervalo é importante, mas o que está marcado é o trabalho da época. Gostaria de ter dito uma frase impactante para mudar, mas eles sabiam que tinham potencial para competir até ao final. É fácil falar quando vencemos, mas, mesmo se o resultado não fosse o que queríamos, tinha a ideia da entrega e qualidade deles."

Treinar a equipa e conquistar o título no ano de estreia: "No playoff, fiquei praticamente 12 horas sentado a estudar o adversário. Hoje tivemos golos e os jogadores outras oportunidades."

Desejo para a próxima época? "Qualquer equipa do mundo melhora com um título. Quando vencemos alguma coisa, às vezes achamos que resolvemos tudo. Serve para trabalhar a nossa humildade, podemos achar que somos os melhores do mundo, mas somos uma equipa que venceu e temos só esse mérito. Temos de ter consciência de que temos de trabalhar muito duro, pois a exigência aumentou. O trabalho e o empenho de certeza que não vão faltar."