"Caso W52-FC Porto prejudicou. Mas, são seres humanos e não mataram ninguém"
José Azevedo foi dos melhores corredores portugueses da história, o único a dirigir uma equipa World Tour e agora tem nova aposta, voltar ao topo com a Efapel Cycling
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Custou ler e ouvir o que se passou com a W52-FC Porto?
-Claro. As pessoas cometeram erros, prejudicaram a imagem do ciclismo, os atletas e as equipas que estavam a competir de forma correta. Não podemos esquecer isso, houve equipas e marcas prejudicadas. Mas entristece-me, porque são pessoas. Há um castigo desportivo que tem de ser aplicado, mas alguns esquecem que são seres humanos e não mataram ninguém. Não são criminosos e a maioria não vai voltar ao ciclismo. Já têm o seu castigo.
Ter uma equipa de ciclismo do FC Porto era um dos seus sonhos?
-O meu sonho, neste momento, é que este projeto cresça. De forma sustentada e com a Efapel a apoiar.
Acha possível o FC Porto voltar ao ciclismo a médio prazo?
-Não sei. O clube mudou de direção. Todos os projetos que surjam no ciclismo, que sejam sérios e para aportar algo à modalidade, são bem-vindos.
É importante ter os grandes clubes no ciclismo?
-Em Portugal temos muito isso, o clubismo. É a nossa cultura desportiva e se calhar há mais pessoas que vão à estrada, assim como a Comunicação Social está mais atenta. Mas, nesta altura, o importante não é ter um grande clube, é a credibilidade, voltar a recuperar uma imagem de confiança e ter referências no nosso pelotão. Ídolos também ganham adeptos.