Cancelamento de Tóquio'2020 não está a ser equacionado, garante organização
Diretora dos Jogos Olímpicos deTóquio diz que cancelamento está fora de equação.
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A presidente do Comité Organizador dos Jogos Olímpicos de verão, Tóquio2020, afirmou que está fora de equação o cancelamento da prova devido ao aumento de casos de covid-19 no país.
Um dia depois de o "número dois" do Partido Liberal Democrático do Japão (no poder), Toshihiro Nikai, ter admitido o cancelamento dos Jogos Olímpicos, Seiko Hashimoto afirmou que a prioridade continua a ser a criação de condições sanitárias para realizar a prova de forma segura.
"Não estou a pensar num cancelamento. Ao tomarmos medidas para garantir a segurança e proteção, estamos a concentrar-nos em receber os jogos", disse Hashimoto em conferência de imprensa, questionada sobre os comentários do secretário-geral do partido do Governo.
Durante a gravação de um programa de TV, o secretário-geral do LDP, Toshihiro Nikai, disse na quinta-feira que os jogos devem ser cancelados, se não houver condições sanitárias.
"Para que servem os Jogos se são responsáveis por espalhar infeções? Teremos que tomar uma decisão nesse ponto", adiantou.
O primeiro-ministro Yoshihide Suga prometeu realizar Jogos "seguros e protegidos", dizendo que servirão como um símbolo do triunfo da humanidade sobre a pandemia.
Mais tarde, Nikai emitiu um comunicado dizendo que a decisão de cancelar cabe aos organizadores e que o LDP continua comprometido em apoiar os jogos.
"O que eu quis dizer é que, sobre a questão de as Olimpíadas e as Paraolimpíadas deverem realizar-se seja de que maneira for, eu diria que não", referiu.
Os Jogos Olímpicos vão decorrer entre 23 de julho e 08 de agosto, enquanto os Paralímpicos entre 24 de agosto e 05 de setembro.
Hoje, Seiko Hashimoto afirmou que a organização "continuará a fazer esforços para organizar os jogos, com completas medidas de segurança".
O Japão, que desde janeiro de 2020 contabilizou 9.300 mortes por covid-19, tem vindo a registar um aumento de casos de infeção significativo sobretudo nas grandes cidades, aliado a uma campanha de vacinação lenta comparada com outros países da mesma dimensão.