O piloto finlandês admitiu que a ordem da equipa, durante o Grande Prémio da Rússia, em 2018, foi bastante difícil de aceitar e pensou em deixar a Fórmula 1.
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Valtteri Bottas revelou que esteve perto de deixar a Fórmula 1 depois das ordens da equipa [Mercedes] durante o Grande Prémio da Rússia de 2018. Nas boxes obrigaram o finlandês a deixar passar o companheiro de equipa, Lewis Hamilton.
James Vowles, encarregado da estratégia, foi quem falou com Bottas, pelo rádio. O piloto finlandês partia da pole position, mas quem ganhou a corrida foi Hamilton.
Bottas sempre se deu bem com o traçado russo, tendo vencido a corrida em 2017 e 2010 e onde foi segundo em 2018 e 2019. Em 2021, o admitiu querer ser mais "egoísta" para poder derrotar o heptacampeão.
"Sochi 2018 foi uma corrida bastante difícil. Foi algo difícil de aceitar. Estava bastante chateada. Honestamente, estava a pensar: 'Por que faço isto?'. Pensei em deixar, em render-me. Logo a seguir à corrida disse que não o faria de novo. Se o teu companheiro ganha e tu és segundo, sentes como se perdesses", admitiu o piloto de 31 anos durante o terceiro episódio da terceira temporada da série documental "Drive To Survive", sobre a Fórmula 1, da Netflix.
Depois do sucedido, Toto Wolff admitiu que lhe partiu o coração tomar uma decisão que resultou num golpe duro para Bottas: "Depois de Sochi, à noite, tivemos uma conversa. Valtteri disse: 'Entendo completamento por que fizeste e o objetivo da equipa. Se estivesse na tua pele, faria exatamente o mesmo'", disse o chefe da Mercedes.
Valtteri Bottas está, no entanto, empenhado em demonstrar que pode ser o líder da equipa: "Sei que fui o segundo no passado, mas quero demonstrar que não sou apenas um segundo piloto. Na equipa, embora muitos não o admitam, talvez de forma inconsciente, têm um número um e um número dois. Algumas vezes os membros da equipa tiveram de questionar-se a si mesmos: 'Estamos a tratar da mesma forma Lewis e Valtteri?'", finalizou.