Campeã mundial e com estatuto profissional, a bodyboarder prepara-se para competir na segunda etapa do circuito mundial na Austrália, prova que pode chegar aos 4000 euros em despesas. "Sem patrocinadores não seria possível", diz a algarvia.<br/> <br/> <br/>
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Joana Schenker encontra-se a competir em Ílhavo, no Miss Activo Cup - este domingo foi terceira classificada, tal como Teresa Almeida na prova pontuável para o circuito europeu feminino -, mas no horizonte da bodyboarder profissional já está a segunda etapa do circuito mundial. O voo para a Austrália, local do evento, está agendado para a noite desta segunda-feira, "uma viagem bem cansativa" e que impossibilitará um período desejável de preparação nas ondas australianas. Nada que preocupe sobremaneira a campeã mundial, terceira classificada na primeira etapa do circuito que decorreu no Chile.
"Estou muito entusiasmada por competir na Austrália na segunda etapa do circuito. Será a minha primeira visita ao país e por isso estou um pouco na expectativa do que vou encontrar por lá. A Austrália têm ondas excelentes para bodyboard e sinto-me preparada e com vontade de dar o meu melhor. Mais um pódio seria um excelente resultado", diz a bodyboarder de Sagres. Com um currículo recheado de êxitos, Joana tem contornado "a pressão para estar à altura de uma campeã do mundo e todas as expectativas que daí advêm". "Esse sentimento não é especificamente em relação à defesa do título mundial ou dos outros os títulos do ano passado. Depois de vencer o nacional, o europeu e o mundial em 2017, a pressão de defendê-los a todos podia esmagar-me. Por isso decidi este ano estar focada em fazer o melhor possível, estar na luta em todas as frentes, mas acima de tudo focar-me em trabalhar e melhorar as minhas bases para poder aspirar nos próximos anos mais títulos", sublinha. Nesta fase, os patrocinadores assumem particular importância. "Sem eles não seria possível", conta, exemplificando com a viagem à Austrália. "Apenas o bilhete de avião custou 1800 euros, ou seja, com o resto das despesas como inscrição na prova, alimentação e dormida, é uma etapa para custar facilmente entre 3500 a 4000 euros", revela, sobre a competição mais dispendiosa que fará, embora coberta pelos sponsors que formam um orçamento anual que a atleta depois vai gerindo.
"Por ano participo em média em 15 competições: 5 nacionais, 5 europeias e 5 mundiais. Como dá para perceber, é um investimento muito grande e nestas contas estão apenas gastos diretos para competir, não inclui toda a preparação ou treinos que também são essenciais para o sucesso", completa. Ao lado de Joana estarão também Teresa Padrela e Madalena Valério, "duas jovens promessas" estreantes no circuito mundial. "É muito bom ver a nova geração a dar esse passo", reconhece.