
Egan Bernal, vencedor do Giro
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O ciclista colombiano, que se formou no ciclismo em Itália, tinha vencido em 2019 a Volta a França e, este domingo, juntou-lhe a corsa rosa.
O colombiano Egan Bernal (INEOS) disse hoje que a vitória que consumou na 104.ª edição da Volta a Itália é "especial", por se tratar "da mais bonita corrida do mundo, no país mais bonito".
"Nunca me vou esquecer deste Giro, como ganhei aqui a minha primeira etapa em grandes Voltas [acabou por vencer mais uma], e como o ganhei, com ataques, a sprintar, em terreno plano, por segundos de bónus. Nesta corrida, encontrei a liberdade para correr como gosto", garantiu o ciclista, de 24 anos.
Bernal, que se formou no ciclismo em Itália, tinha vencido em 2019 a Volta a França e, este domingo, juntou-lhe a corsa rosa, num contrarrelógio em que, revelou, pensava sobretudo "que não podia cometer erros".
"Foi o primeiro crono de que desfrutei, porque costumo sofrer. Este foi especial, a passar por bandeiras e adeptos colombianos, toda a gente a puxar por mim. Não consigo descrever o que estou a sentir", atirou.
Segundo na geral final, o italiano Damiano Caruso (Bahrain-Victorious) admitiu ter vivido "semanas incríveis", depois de ter assumido o papel de líder, após o abandono do seu chefe de fila, o espanhol Mikel Landa.
"Foram semanas cheias de emoções. O que sinto é incrível, inacreditável. Encontro-me aqui, no segundo lugar. Quem é que teria imaginado? (...) Aceitarei uma chamada aos Jogos Olímpicos, mas só pensarei nisso amanhã [segunda-feira]. Agora, quero desfrutar o que fiz nestas semanas, e depois focar-me noutro objetivo", descreveu.
No terceiro lugar acabou o britânico Simon Yates (BikeExchange), que vinha com o objetivo de conseguir a vitória final, fazendo pódio no regresso à corsa rosa depois de 2018.
"Fui contra dois tipos que foram muito melhores do que eu e isto foi o melhor que consegui. Claro que estou feliz, é um pódio numa grande volta, e, especialmente, no Giro nem sempre é fácil. Estou orgulhoso do que consegui", comentou.
Yates destacou ainda a vitória em etapa, que conseguiu na 19.ª tirada, "o melhor momento de longe", por contraste com o sofrimento "na neve e chuva da 16.ª etapa".
Também o eslovaco Peter Sagan (BORA-hansgrohe) se mostrou satisfeito pela performance na 104.ª edição, tendo conquistado a classificação dos pontos, mostrando-se "orgulhoso por vestir a maglia ciclamino".
"Foi um sonho para mim vesti-la, durante muitos anos. Estou deliciado por ter conseguido fazê-lo hoje [no pódio]", atirou.
Egan Bernal venceu a 104.ª edição da Volta a Itália, em que o melhor português foi João Almeida (Deceuninck-QuickStep), sexto na tabela final.
