Marcos Chuva e Vera Barbosa arriscam penalização por alegada falha na informação de localização junto da ADoP
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Marcos Chuva (Benfica) e Vera Barbosa (Sporting) podem enfrentar uma suspensão por parte da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) por, alegadamente, terem falhado com o dever de informação de localização junto da Autoridade de Antidopagem de Portugal (ADoP). Chuva, atualmente o melhor português no salto em comprimento, terá falhado a regra de informação periódica obrigatória da ADoP. Depois de ontem, uma fonte do Benfica ter referido a O JOGO que o clube "não fora notificado de qualquer irregularidade", acrescentando "estranhar a forma como as informações estão a circular, bem como os interesses que representam", o clube encarnado emitiu esta tarde um comunicado criticando o facto da informação ter surgido na comunicação social antes de qualquer notificação.
"A divulgação antecipada de alegadas irregularidades em processos administrativos no sistema antidopagem, sem antes existir qualquer notificação final oficial a atletas, clubes e Federação Portuguesa de Atletismo denota claramente um ato que visa servir alguém, ou algum interesse. Quem?", questiona o clube encarnado, acrescentando que ainda aguarda " reação da Federação, do Comité Olímpico de Portugal e até do Governo, perante uma ação consciente junto da Imprensa que coloca em causa a própria modalidade. Será de bom-tom que o gabinete da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto assuma publicamente posição sobre a matéria". A finalizar, o Benfica garante, uma vez mais, "que nunca foi notificado relativamente a Marcos Chuva no que se refere a qualquer eventual irregularidade com o atleta".
Vera Barbosa, dos 400 metros barreiras, enfrenta igual suspensão, mas Carlos Silva, treinador da atleta olímpica, fala numa "falha administrativa" e lamenta "que tenha sido noticiado como se fosse doping". "A Vera nunca falhou a entrega dos formulários", refere o técnico, que adianta ainda que o caso estava tratado e "saiu nas notícias nove meses depois de forma errada".
Já Ricardo Jaquité, do triplo salto, terá testado positivo na Taça da Europa, na mesma altura em que o fundista Hélio Gomes (Sporting) acusou substâncias ilícitas. Manuel Lopes, diretor técnico do atletismo do Braga, diz que o clube não foi notificado pela FPA sobre "as supostas substâncias às quais o atleta acusou positivo". A confirmar-se, Jaquité enfrentará uma suspensão de dois a quatro anos. Contactado por O JOGO, Jorge Vieira, presidente da FPA, disse: "Não comento casos de doping".