Em declarações a O JOGO, o técnico Nuno Abrantes, da Fonte do Bastardo, diz que a equipa "superou todas as expectativas"
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A Fonte do Bastardo esteve perto de conquistar dois títulos esta temporada (havia ganho a Supertaça), mas o Benfica acabou por se sagrar campeão nacional, após uma negra eletrizante. Na bagagem dos açorianos fica uma Supertaça, duas finais (Taça de Portugal e Liga) e uma meia-final europeia (Challenge Cup), feitos aos quais juntam a invencibilidade em casa - 23 vitórias na Praia da Vitória.
"A solidez do grupo e a forte comunhão que houve entre a equipa e os adeptos foi fundamental", conta o treinador Nuno Abrantes a O JOGO, considerando que foram superadas "todas as expectativas" que, por isso, "a sensação é de dever mais do que cumprido". Segundo o técnico, a insularidade fazia com que "tempo de trabalho não fosse muito", mas tal "nunca serviu de desculpa". "O fator chave do grupo foi o caráter e a resiliência. Em nenhum momento tive um jogador a lamentar-se por causa das viagens. É a nossa realidade, mas seria uma desculpa fácil de usarmos para o insucesso pontual que fomos tendo. Chegámos a disputar quatro jogos em oito dias. No total, fizemos 49 jogos e mais de 77000 quilómetros", salienta.
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Agora, é tempo de pensar na próxima época - Nuno Abrantes tem mais um ano de contrato e vai cumpri-lo -, estando a fasquia alta. "Vamos ter de lidar com a gestão da expectativa, que é legítima tendo em conta a temporada que fizemos", diz o líder do Bastardo, apontando ao mesmo objetivo dos últimos anos: "A nossa realidade mantém-se, que é lutar pelos quatro primeiros no Campeonato Nacional, e não muito mais que isso".
Três saídas para o estrangeiro
Associado ao sucesso desportivo vem sempre o olhar atento de outros emblemas e a Fonte do Bastardo prepara-se para ter três baixas de vulto, avançou o técnico a O JOGO: Edson Valência (central e melhor pontuador da segunda fase do Nacional), José Neves (distribuidor) e João Noleto (zona 4). Os três "deverão sair para o estrangeiro", tendo a formação açoriana de "ir ao mercado". No entanto, diz Nuno Abrantes, o sentimento é de "felicidade" pelo êxito dos seus jogadores.
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