Américo Silva tem um plano “a médio prazo” para a equipa que já foi grande e ganhar o GP Douro Internacional serviu como impulso
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Afastado desde 2019, Américo Silva regressou na época passada ao pelotão português, para orientar a Aviludo-Louletano. Foi uma surpresa até para o próprio e em Lamego, no final do Grande Prémio Douro Internacional, lembrou estar a festejar “a primeira grande vitória à frente desta equipa”. Os algarvios, recorde-se, venceram a geral individual com David Domínguez, a montanha com Gaspar Gonçalves e ainda por equipas.
“Tinha noção de que a equipa que tinha no ano passado, quando me propuseram regressar - estava há um ano no Brasil -, era pequena. Mas vim incentivado a fazê-la crescer. Sempre estive em equipas grandes e foi um desafio para mim, neste momento da vida, pegar numa equipa pequena e fazê-la subir de patamar”, contou a O JOGO, revelando a sua meta: “Queremos, com a ajuda dos patrocinadores, ter o Louletano a discutir a Volta a Portugal a curto ou médio prazo. Temos estado a dar passos e este triunfo vem cimentá-los”.
“Ainda não temos equipa para discutir a Volta a Portugal”, assumiu o diretor-desportivo. “Esta foi uma corrida de quatro dias, não tem os 11 da Volta. Mas vai dar forças para sonhar mais. Cria mentalidade ganhadora e faz acreditar, sobretudo aos ciclistas. Esse foi o lado desta vitória que mais me agradou”, completou.
O Louletano, que vai no 12.º ano desde que regressou, teve das maiores equipas da década de 1980 e venceu a Volta em 1988.