Mo Farah revelou que os atletas foram informados de que seriam vacinados antes dos Jogos de Tóquio, agendados para este ano
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O bicampeão olímpico dos 5000 e 10000 metros, Mo Farah, revelou que os atletas que participarão nos Jogos Olímpicos de Tóquio foram informados de que seriam vacinados antes da competição.
"Acho que a maioria dos atletas sonha em participar nuns Jogos Olímpicos, mas é fundamental estar seguro. O que eles nos disseram é que basicamente todos terão possibilidade de tomar as vacinas contra a covid-19 e, depois disso, haverá menos risco de espalhar a doença", começou por dizer, citado pelo "Globoesporte".
"A partir daí, basta ver o que acontece e viver um dia de cada vez", concluiu Mo Farah, sem revelar quem transmitiu tal informação aos atletas.
Já o presidente executivo da Associação Olímpica Britânica garantiu que a entidade não está envolvida em nenhuma conversa ativa com o governo em relação à vacinação de atletas.
"A prioridade têm de ser as pessoas que mais precisam - trabalhadores da linha da frente, os idosos e os vulneráveis. Chegará um momento, espero que antes dos Jogos Olímpicos, em que os atletas possam ser chamados para vacinação, mas só faremos isso quando for apropriado", afirmou Andy Anson.
Recorde-se que, ainda esta terça-feira o Comité Olímpico Internacional (COI) garantiu querer colaborar no processo de vacinação contra a covid-19 dos participantes nos Jogos Olímpicos Tóquio'2020, mas não pretende reivindicar acesso prioritário para os atletas.
Em comunicado, o COI explica que "continua a apoiar firmemente a prioridade da vacinação de grupos vulneráveis e de pessoas que garantem a manutenção dos cuidados de saúde e segurança".
Com esta posição, o COI afasta a possibilidade de fazer depender a realização do evento, previsto para decorrer entre 23 de julho e 8 de agosto, da vacinação de todos os atletas, um processo difícil do ponto de vista prático e ético.
Antes do surgimento de novas variantes do novo coronavírus, que tem levado a um agravamento da pandemia de covid-19, o COI considerou que as vacinas "são uma das muitas ferramentas" de combate à covid-19, mas não a arma decisiva.
O comité organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio'2020 tem garantido que aposta em "procedimentos específicos, como quarentena, fornecimento de testes e de equipamento de proteção" para proteger os participantes nos dois eventos.
Assim que a vacinação estiver disponível para a população considerada não prioritária, o comité organizador tenciona apelar aos comités olímpicos e paralímpicos para que os atletas sejam vacinados nos seus países de origem.
O acesso às vacinas tem muitas desigualdades de país para país e está dependente das disponibilidades de doses e das prioridades dos governos nacionais.
No Japão, onde a opinião pública é cada vez mais contra a realização dos Jogos Olímpicos nas datas previstas, a campanha de vacinação não deverá começar antes do final de fevereiro.