Atletas olímpicos querem protestar com mais liberdade as injustiças sociais
Grupo pretende alterar regra nos Jogos Olímpicos para protestar pacificamente
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Um grupo representativo de praticantes de atletismo pretende alterar a regra que proíbe determinados protestos em Jogos Olímpicos, considerando que impede os atletas de exibirem o verdadeiro "espírito olímpico", anunciaram hoje os promotores da iniciativa.
Os representantes do grupo, que se formou esta semana para dar voz aos atletas, pretendem a alteração à regra, de forma a permitir "protestar pacificamente contra injustiças sociais no mundo, sem punições ou sanções".
Em comunicado, os líderes do grupo de atletas referem que "pouco mudou" desde que os velocistas norte-americanos Tommie Smith e John Carlos foram expulsos dos Jogos Olímpicos do México, em 1968, por terem erguido os punhos no pódio, para protestar contra a desigualdade racial nos Estados Unidos.
O Comité Olímpico Internacional (COI) reiterou, no início do ano, o apoio à regra que restringe os protestos durante os Jogos Olímpicos, mas, depois dos protestos que resultaram na morte do afro-americano George Floyd pela ação da polícia, pondera alguma flexibilidade.
Entre os atletas que lideram a recém-formada Associação de Atletismo e que assinam a declaração estão Allyson Felix, Christian Taylor, Emma Coburn, Shaunae Miller-Uibo e Shelly-Ann Fraser-Pryce.
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