Atleta fez-se voluntário e avisa: "Se vissem o que eu vejo pensavam três vezes antes de sair de casa"
Maxime Mbandà é jogador de râguebi e ofereceu-se para conduzir ambulâncias
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Maxime Mbandà, jogador de râguebi da equipa italiana Zebre Rugby não se contentou com a quarentena e quis ajudar a comunidade de outra forma no combate â Covid-19. O atleta pôs as mãos no volante e tem conduzido ambulâncias em Parma. Transporta pacientes entre hospitais e ajuda com as macas e cadeiras de rodas, se for o caso.
O voluntariado de Maxime começou há oito dias, com "sem interrupções e com turnos de 12 ou 13 horas" e deixou o atleta com vontade ajudar ainda mais: "Pelo que vejo nas salas das doenças infecciosas, digo a mim mesmo que não posso estar cansado. Enquanto tiver forças, e houver emergências, continuarei", afirmou em declarações à agência AFP.
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No entanto, Maxime Mbandà também deixou avisos muito sérios.
"Se as pessoas vissem o que eu vejo nos hospitais, não iam para as filas do supermercado. Pensavam duas ou três vezes antes de sair de casa, ou até para ir correr."
Maxime dá conta de que os doentes, "mesmo que não possam falar, comunicam através do olhar e dizem coisas inimagináveis".
"Escutam os alarmes, os médicos e enfermeiros a correr de um lado para o outro. A primeira pessoa com quem falei no hospital tinha-me dito que estava lá há três horas quando alguém no quarto morreu e que durante a noite mais duas outras mulheres tinham falecido no mesmo quarto. Ele nunca tinha visto ninguém morrer", afirmou.