GP de Miami em Fórmula 1 teve menos 25% de telespectadores, Hungria caiu 17%. Hamilton até faz uso da ironia.
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"Ele até fuma e come uma panqueca", ironizou Lewis Hamilton este fim de semana, numa referência a um filme de Austin Powers, após mais uma exibição dominadora de Max Verstappen. O Grande Prémio da Bélgica foi palco do oitavo triunfo consecutivo do neerlandês da Red Bull, a um do recorde histórico de Sebastian Vettel - venceu nove corridas seguidas em 2013, também num Red Bull -, a passos largos dos 15 numa época que obteve no ano passado, e com a equipa já num máximo de 13 consecutivos. O domínio de um só piloto tem, no entanto, um lado negativo, como indicam os poucos números já publicados: as audiências televisivas da Fórmula 1 estão a descer.
Embora continuando a bater recordes na venda de bilhetes, a F1, que raramente indica audiências globais, está a perder telespectadores naquela que foi a maior das suas conquistas com a série "Drive to Survive", o mercado dos Estados Unidos, país que este ano tem três Grandes Prémios e bilhetes a preços astronómicos. O GP de Miami, que há um ano bateu o recorde no país, com 2,6 milhões de telespectadores, perdeu 25% dessa audiência, um abalo para a ESPN, que passou a pagar 90 milhões de dólares anuais (82M€) - e coloca algumas corridas no canal generalista ABC -, contra os cinco milhões anteriores. O GP da Hungria desceu de 1,25 milhões para 1,035 milhões, sendo superado por Nascar (2,8 milhões) e IndyCar (1,12 milhões), que aumentaram a audiência.
Se os números são preocupantes, até porque os EUA ainda vão receber duas corridas, entre as equipas ainda os desvalorizam. "O que estamos a testemunhar com Max vê-se uma vez numa geração", elogia Christian Horner, seu patrão na Red Bull. Mas também há analistas que destacam aquele que seria um Mundial sensacional sem a Red Bull. Fernando Alonso teria três vitórias, Lewis Hamilton, Charles Leclerc e Lando Norris duas cada, sendo de quatro equipas diferentes. Mesmo mantendo Sergio Perez, que sem Verstappen iria em cinco triunfos no segundo Red Bull, todos os quatro teriam ganho. Mas a realidade é que Verstappen existe, está lá... e vai continuar a ganhar.
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