Paulo Marques quer atingir segunda fase e não descarta final
Corpo do artigo
O árbitro português Paulo Marques, da Associação de Basquetebol do Porto (ABP), vai estar pela segunda vez consecutiva no Eurobasket e, tendo como primeiro objetivo estar na fase a eliminar, não esconde o sonho de ajuizar a final.
“O objetivo é chegar à final, é sempre isso que ansiamos, mas estou consciente das dificuldades. O primeiro objetivo é ser selecionado para a segunda fase e ficar até final. Se o primeiro objetivo fora conseguido, gostaria, pelo menos, de fazer um jogo dos quartos de final”, confessou à agência Lusa Paulo Marques.
O arbitro de 48 anos já esteve, em 2025, na primeira mão da final da Eurocup, entre Bilbau Basket e PAOK e no Eurobasket feminino, no qual ajuizou seis jogos, e, no Europeu masculino, vai replicar a participação de 2022.
“É reflexo do trabalho que tem sido feito nos últimos anos. Tenho estado em bom plano e essas prestações têm levado a estas nomeações”, explicou o juiz portuense.
Paulo Marques, que em 2022 esteve em seis jogos, cinco no Grupo C, em Milão, e um dos oitavos, em Berlim, lembrou que este é “o maior evento a nível europeu”, com a participação de “várias estrelas da NBA, incluindo o nosso Neemias”.
“É um grande orgulho representar Portugal, mas também acarreta muita responsabilidade, até porque somos pequenos no basquetebol – é assim que nos veem lá fora -, o que faz com que a responsabilidade seja ainda maior”, lembrou, consciente de que “o menor erro pode ter uma repercussão muito grande”.
No Europeu, a seleção portuguesa já não estava desde 2011, num contraste com a trajetória dos árbitros lusos, que, desde 2007, só falharam a edição de 2017.
“É o corolário do trabalho de vários anos, de um grande grupo de árbitros”, explicou Paulo Marques, lembrando Fernando Rocha, Luís Lopes, António Coelho, António Pimentel e Sérgio Silva, como uma “fornada habituada aos grandes palcos”.
O único português entre os 45 árbitros, de 28 países, que vão estar no Eurobasket'2025 acrescentou que estas sucessivas nomeações “significam que se tem trabalhado muito, também individualmente”, sendo que agora é preciso que apareçam novos árbitros, capazes de chegar a este nível.
Paulo Marques avança que “há talento” para lhe suceder, mas, para já, ainda é ele que vai representar a arbitragem portuguesa no campeonato da Europa de 2025.
Nos jogos, as equipas de arbitragem vão mudando: “Já é normal. E quase todos os que estamos no Eurobasket, exceto os que são de fora da Europa, já apitámos juntos. Existe cumplicidade e critérios bem definidos, pelo que só precisamos de trabalhar o melhor possível entre os três”.
Depois de um clinic de preparação em Riga, Paulo Marques vai rumar ao Chipre, mais precisamente a Limassol, onde vai ajuizar jogos do Grupo C, composto por Grécia, Espanha, Itália, Bósnia-Herzegovina, Geórgia e a seleção anfitriã.
“Vai ser desafiante, com a Grécia, de Giannis (Antetokounmpo), a Espanha, a Itália, a Bósnia e o Chipre como outsider, mas vai ser bom”, rematou à Lusa o árbitro português.