Tenista australiano explicou que "costumava odiar" o lendário espanhol, que se retirou dos "courts" em outubro, admitindo que "não sentia a mesma raiva" quando defrontava Roger Federer ou Novak Djokovic
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Nick Kyrgios admitiu que “costumava odiar e desprezar” Rafael Nadal numa fase anterior da sua carreira e antes de o espanhol, de 38 anos, ter terminado a sua lendária história no ténis, em outubro.
Em declarações ao podcast “Nothing Major”, o polémico tenista, que procura deixar as lesões para trás e regressar a um torneio de “Grand Slam” em janeiro de 2025 e na sua “casa”, no Open da Austrália, explicou que "não sentia a mesma raiva" quando defrontava Roger Federer ou Novak Djokovic nos “courts”, referindo que esse ódio a Nadal também lhe servia como motivação.
“Não o suportava. Costumava odiá-lo e desprezá-lo tanto quando o via a passear... Ele era uma pessoa que me motivava sempre. Se eu jogasse contra ele, tentava elevar-me e jogar o melhor ténis possível. Eu não sentia essa raiva em relação a Roger ou Novak. Se eu jogasse contra Rafa, [odiava-o] por causa de que toda a gente nas nossas academias o idolatrava, era do tipo: ‘Ele é um trabalhador tão árduo, é isto e aquilo...’. Eu era do tipo: ‘Não suporto este gajo’ e queria mostrar às pessoas que podias apenas divertir-te e ser relaxado ao mesmo tempo em que vencias pessoas assim”, contou.
Ultrapassado esse desprezo, Kyrgios admitiu que não ficou indiferente à retirada de Nadal, isto depois de ter medido forças contra o espanhol em nove ocasiões, entre 2014 e 2022, saindo vitorioso em apenas três.
“Viram o tributo que lhe fizeram na Taça Davis? Eu fiquei um pouco emocionado por ele, teve uma carreira dos diabos. Não acho que voltaremos a ver alguém tão dominante como ele, não pode ser, não acho que seja possível”, completou.