AP Hotels-Tavira aponta às chegadas em alto na Volta a Portugal

Fazer mais do que uma presença no top-10 como em 2024 parece ser o destino natural da AP Hotels-Tavira-Farense na 86.ª Volta a Portugal desde que anunciou a aquisição de David Jesús Peña, em fevereiro deste ano.

O colombiano, que passou os últimos três anos no World Tour, pela Jayco AlUla, mas estava sem equipa, enriqueceu o pelotão nacional e fez prova da sua qualidade ao longo dos últimos meses. Recentemente, para o Troféu Joaquim Agostinho, o trepador venceu no Alto do Montejunto, uma das novidades do percurso deste ano da Grandíssima, no penúltimo dia (16 de agosto). “Em todas as etapas de montanha, tem estado com os melhores. No Grande Prémio das Beiras, foi o primeiro atleta a passar na Torre. Bom Jesus, Senhora da Graça, Torre, Guarda e Montejunto são cinco pontos onde ele pode brilhar e estar ao nível a que nos habituou”, antevê a O JOGO Vidal Fitas, diretor desportivo. Ainda assim, a liderança vai dividir-se entre Peña e Afonso Silva, este responsável por quatro dos oito triunfos da época até ao momento.

Numa edição repleta de montanha, a formação algarvia, que estagiou com um grupo na Serra Nevada e outro em Andorra, faz mira às chegadas em alto. “Se conseguirmos estar na discussão dessas etapas, estamos na luta da Volta quase por inerência”, completa Fitas, alertando para alguma “inexperiência” do grupo – entre os convocados, o elemento mais velho, Francisco Campos, tem 27 anos. Pelo contrário, a Anicolor-Tien21 “é um bloco mais maduro e tem qualidade”, segundo o técnico, que indica Artem Nych e Alexis Guérin, da equipa de Águeda, como candidatos. “A Efapel também tem um bom bloco. O Mauricio Moreira já ganhou uma Volta. Embora não tenha estado ao melhor nível durante o ano, é um claro candidato se chegar com o nível que atingiu em anos anteriores”, finaliza o líder da equipa mais antiga do mundo com atividade ininterrupta.