"Ao sarcasmo respondo com factos: no CA está o árbitro que nos roubou no ano passado"
Basquetebol portista já prepara a próxima época e o diretor geral Afonso Barros encerrou esta respondendo às acusações feitas recentemente ao clube. E só lamentou não ter defrontado o Sporting na Europa.
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Sem referências a polémicas desde os jogos das meias-finais, em que superou o Sporting, o FC Porto não fechou a época sem uma resposta a Luís Magalhães, treinador que deixou o Sporting e terminou a carreira, e a Ivan Almeida, extremo do Benfica que fez acusações de racismo e indignou os dragões.
Foi Afonso Barros, diretor geral do basquetebol portista, a esclarecer a O JOGO aquilo que "não podia passar em claro", num momento em que já prepara a nova época, a primeira sem o técnico Moncho López desde 2009.
"O Luís Magalhães merecia que lhe respondesse com o mesmo sarcasmo, mas prefiro ir pelos factos. O primeiro é recordar que para o Conselho de Arbitragem só existia uma lista a votação, para a qual não fomos tidos nem achados, e essa lista incluía o árbitro que nos roubou a final do ano passado. Para o FC Porto, o Carlos Santos nunca seria uma boa escolha. Depois, nas "meias", tivemos os árbitros nossos "amigos" da final do ano anterior. Poderia ainda falar das faltas que foram marcadas, mas isso são outros factos e o ex-treinador do Sporting só fala com sarcasmo", atirou, sobre a acusação de o CA federativo ser o "concelho" com mais portistas.
Os comentários do técnico caíram realmente mal no Dragão. "Com a sua idade, podia ter dado uma entrevista de despedida para sair pela porta grande, mas preferiu sair pela pequena, ou nem isso", diz Afonso Barros, anotando que "Magalhães deu uma entrevista de despedida de 40 minutos, dos quais passou 30 a falar do FC Porto; é a história da saída dele de todos os clubes".
"Não podemos deixar passar o ter considerado o nosso projeto europeu um falhanço. Não fomos à segunda fase por um cesto falhado no último segundo. Disse que o treinador do Oradea elogiou o Sporting, mas sofreu duas derrotas tremendas. Ele elogiou foi o FC Porto, que o bateu em casa. O Sporting fez uma bela caminhada europeia, mas esteve perto de ter Benfica e FC Porto no mesmo grupo. Gostaria de ter visto os três a jogarem com arbitragens internacionais... Falou ainda do circo que o FC Porto montou; o que fizemos foi abrir a porta do circo, para que todos vissem o que se estava a passar no basquetebol", completou.
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O dirigente do FC Porto deu os parabéns ao Benfica pelo título nacional, reconhecendo que "foi superior em três dos quatro jogos e por isso se sagrou campeão".
"Não há nada a dizer, ao contrário do que se passou o ano passado, que foi uma fantochada", acrescentou, não valorizando muito o fator-casa, que o FC Porto não teve devido às duas faltas de comparência no início de época.
"Sem tirar o mérito ao Benfica, acredito que com os primeiros dois jogos na nossa casa a história teria sido diferente", disse apenas.
"O Benfica tem um plantel fortíssimo e um orçamento substancialmente superior. Além disso, foi fazendo a regeneração dos seus jogadores e na final contou com o Dennis Clifford, muito forte, e entretanto tinha-se reforçado com o Ivan Almeida, que, desportivamente falando, é um caso sério", explicou ainda, entre críticas ao extremo cabo-verdiano pela acusação de racismo que fez.
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"Foi encenação, não houve racismo"
"O Ivan Almeida fez uma encenação e uma palhaçada. Eu não precisaria, nem o FC Porto, de defender a ação isolada de um adepto, mas não houve racismo. O basquetebol é o desporto de maior diversidade e inclusão, na nossa equipa temos gente de todas as cores e credos religiosos. Ele fez uma encenação à volta de algo que nunca existiu, por querer provocar alguma animosidade. Infelizmente, isso não funcionou a favor de ninguém", diz Afonso Barros, para quem o extremo "é um grande jogador e não precisava disto".
"Dei os parabéns a todos no Benfica, porque há que saber perder e ganhar. Se alguns dos nossos jogadores não reagiram bem, foi porque não se pode tratar os nossos adeptos assim", explicou ainda.