André Gomes e Juliana Rocha vivem uma relação harmoniosa, com a antiga pugilista, hoje ativista de bastantes causas, ainda a praticar exercício
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“Tudo o que sei sobre andebol deve-se ao André. Comecei a interessar-me pela modalidade, pelas regras, posições e competições depois de o conhecer. Gosto muito de ver, principalmente quando o André está em campo. Hoje em dia vemos jogos internacionais juntos e, por vezes, ele brinca com as minhas análises inocentes”, diz, sorridente, Juliana Rocha, a namorada de André Gomes, andebolista de 25 anos dos sauditas do Al-Safa, depois de ter começado no ABC e passado por FC Porto e o alemão MT Melsungen. E quem é Juliana? É tanta coisa que selecionar é obrigatório: licenciada em Criminologia; mestre em Comunicação Clínica; pós-Graduada em Direito Internacional Humanitário e Direitos Humanos em Situação de Conflito; técnica de Apoio à Vitima; ex-atleta de alta competição de boxe, com cinco títulos nacionais, tendo estado incluída nas Esperanças Olímpicas para o ciclo de Londres’2012. Foi, também, deputada municipal durante seis anos e Mandatária Nacional da Juventude às Eleições Europeias em 2019; e é embaixadora Oficial da Paz Mundial (Berlim) desde 2020. “A minha missão é impactar o mundo de forma positiva, quebrar estereótipos, semear amor e empatia, empoderar jovens e adultos para a sua melhor versão, e promover a humanização da nossa comunicação e dos nossos olhos no mundo”, conta a antiga atleta do FC Porto, de 31 anos.
“Depois de ter abordado a Juliana durante um tempo, e após a troca de algumas mensagens, encontrámo-nos ao final de um dia, mesmo ao pôr do sol”
A ex-pugilista e o jogador de andebol formam um casal com notoriedade e, juntos, vivem, pode dizer-se, de uma forma saudável, prestativa e com uma forma de olhar o mundo de maneira diferenciada. “Tenho participado em projetos no programa da União Europeia sobre tráfico de órgãos e direitos humanos, migração, alterações climáticas, que passaram por vários países como Macedónia, Polónia, Eslovénia, Espanha e Alemanha. Fui jovem convidada pelo Parlamento Europeu para o Sakharov Prize Award Ceremony, em 2021 e estive com o Presidente Barack Obama em Berlim, no “An Evening with President Barack Obama Live In Person”, em maio deste ano, uma experiência única e pessoalmente enriquecedora”, diz. “Acredito que todos nós somos agentes de mudança. Seja através de um ato, de um gesto, de uma palavra, de um sorriso, ou até na atenção ao próximo”, sublinha, passando a contar como são 24 horas normais na vida desta ativista: “A atividade física continua a ser crucial no meu dia a dia, apesar de ter deixado a alta competição aos 23 anos. Treino diariamente para o meu bem-estar, equilíbrio e saúde. A manhã começa com meditação e de seguida treino com o André. Como hobby, gosto de ler, escrever, pintar, estar rodeada de natureza e adoro cozinhar, algo que o André agradece”, ri-se.
As atividades de Juliana Rocha na defesa de causas globais têm três vetores essenciais. “Enquanto embaixadora da paz mundial, e naturalmente sem sair do papel de criminóloga e cidadã preocupada com as questões do mundo, debruço-me sobre três dos 17 objetivos globais de desenvolvimento sustentáveis estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas”, conta, passando a enumerar: “Paz, Justiça e Instituições Eficazes; Igualdade de Género; e Educação de qualidade”.
Passear é outra das atividades que ambos adoram e partilham. “Felizmente o trabalho permite-nos viajar e conhecer o mundo. Sair da nossa zona de conforto faz-nos crescer, desenvolver outras competências e dar ainda mais valor ao que temos e somos. Uma das grandes competências que realçamos é a resiliência e o aprender a dançar dentro da tempestade. Voltar a Portugal tem um sabor especial, mas, neste momento, nem pensamos nisso porque as oportunidades e o reconhecimento nas nossas áreas têm surgido de fora. E estamos focados em continuar a crescer profissionalmente e enquanto companheiros”, assegura.
“Voltar a Portugal tem um sabor especial, mas as oportunidades e o reconhecimento nas nossas áreas têm surgido de fora”
“O FC Porto, enquanto instituição, e o desporto, eram o que, à primeira vista, tínhamos em comum. Quando nos conhecemos, percebemos que era muito mais do que isso. Depois de ter abordado a Juliana durante um tempo, e após a troca de algumas mensagens, encontrámo-nos ao final de um dia, mesmo ao pôr do sol, na praia”, revela o lateral-esquerdo. “Quando o sol se pôs, a luz, o brilho, as cores no céu eram suaves e mágicas, mesmo a combinar com o nosso primeiro contacto. E fresco como a brisa do mar (sorri de novo). Sou uma eterna romântica. Quando se vê através do coração, não são precisas muitas explicações. Falámos e apreciámos a vista. Sentimos logo uma conexão e um à vontade raros”, prossegue Juliana, para André acrescentar: “A partir desse dia não nos largámos mais. O namoro foi algo muito natural e sem complicações. Leve e intenso. Ficámos muito ligados um ao outro”. Juliana ainda tinha algo a referir. “O André conquistou-me pela simplicidade e abertura. E claro que o seu sorriso era ensurdecedor. Foi luz à primeira vista”.