Traçado da próxima edição da Volta a França (2/24 de julho) foi revelado na manhã desta terça-feira, em Paris, sendo notória a supremacia da montanha face aos contra-relógios.
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A montanha será a grande protagonista do Tour de 2016, com a chegada ao Mont Ventoux a 14 de julho, dia da festa nacional francesa, a emergir no percurso anunciado pela organização da maior competição velocipédica mundial.
O peso da montanha na Volta a França é amenizado pela inclusão de dois acidentados contrarrelógios, numa edição -- a 103.ª -- que partirá do Mont Saint-Michel, a 2 de julho, e chegará a Paris três semanas mais tarde, a 24 de julho.
Depois da 'experiência' realizada no ano passado, com apenas 13 quilómetros cronometrados (a menor distância desde que aquela especialidade foi introduzida na prova, em 1947), o percurso de 2016 recupera o 'equilíbrio', ainda que a montanha continue a ser omnipresente no próximo ano.
"Estaremos no topo mais alto da montanha, com 28 subidas. Procurámos encontrar locais magníficos e o Mont Saint-Michel dará o tom", observou Christian Prudhomme, diretor do Tour, que desde 2013 não saía de solo francês, depois das partidas em Leeds, em 2014, e Utrecht, em 2015.
Com quatro etapas a terminarem no 'alto', a montanha intervém mais e mais cedo do que em julho do ano passado, logo à quinta etapa, com a subida para Lioran, com os ciclistas a terem de ultrapassar mais três etapas nos Pirenéus (Payolle, Luchon, Arcalis), antes de ganharem direito ao dia de descanso, a 11 de julho, em Andorra.
A segunda semana de corrida ficará marcada pela subida ao Mont Ventoux, pela encosta sul -- a mais majestosa e também a mais dura de França, a par da escalada pela vertente norte do Galibier -, que antecede o maior contrarrelógio individual, de 37 quilómetros, entre Bourg-Saint-Andéol e La Caverne du Pont-d'Arc.
O Tour faz a sua habitual visita aos Alpes na terceira e última semana, com uma subida inédita em Finhaut-Emosson, já em território suíço, um contrarrelógio mais indicado para 'trepadores', já com o Mont-Blanc à vista, e duas curtas, mas duras, etapas montanha, em Saint-Gervais e Morzine.
"Tornámos o contrarrelógio mais duro porque queríamos fazer algo parecido com a prova dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, para que os ciclistas a possam preparar no Tour", explicou Christian Prudhomme.
As etapas do Tour 2016
1ª Mont-St-Michel - Utah Beach Ste-Marie-du-Mont (188 km)
2ª Saint-Lô - Cherbourg-Octeville (182 km)
3ª Granville - Angers (222 km)
4ª Saumur - Limoges (232 km)
5ª Limoges - Le Lioran (216 km)
6ª Arpajon-sur-Cère (187 km)
7ª L"Isle-Jourdain - Lac de Payolle (162 km)
8ª Pau - Bagnères-de-Luchon (183 km)
9ª Vielha Val d"Aran - Andorra Arcalis (184 km)
Descanso em Andorra
10ª Escaldes-Engordany - Revel (198 km)
11ª Carcassonne - Montpellier (164 km)
12ª Montpellier - Mont Ventoux (185 km)
13ª Bourg-St-Andéol - La Caverne du Pont d"Arc (CRI) 37 km
14ª Montélimar - Villars-les-Dombes Parc des Oiseaux (208 km)
15ª Bourg-en-Bresse - Culoz (159 km)
16ª Moirans-en-Montagne - Berna (206 km)
Descanso en Berna (Suíça)
17ª Berne - Finhaut-Emosson (184 km)
18ª Sallanches - Megève (CRI) 17 km
19ª Albertville - St-Gervais Mont-Blanc (146 km)
20ª Megève - Morzine (146 km)
21ª Chantilly - Paris Champs-Elysées (113 km)