Alcaraz: "Tenho a certeza de que vais ser campeão, não uma, mas muitas vezes"
Tenista espanhol triunfou este domingo por 3-2 sobre Jannik Sinner
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O bicampeão de Roland Garros, o espanhol Carlos Alcaraz, afirmou este domingo sentir-se privilegiado por “fazer história” ao lado de Jannik Sinner, número um mundial de ténis, derrotado este domingo na final do segundo major da temporada, em cinco sets.
“Tenho a certeza de que vais ser campeão, não uma, mas muitas vezes. É um privilégio partilhar o court contigo em cada torneio, fazer história contigo… Tu és uma enorme inspiração para as crianças, para todos e para mim também, devo dizer. Obrigado por seres uma inspiração tão boa, por isso boa sorte para o que aí vem”, afirmou Alcaraz, após revalidar o título, quinto major da carreira.
Naquela que foi a primeira final de um torneio do Grand Slam entre os dois primeiros classificados da hierarquia mundial, o jogador natural de Múrcia, de 22 anos, levou a melhor diante do italiano, um ano mais velho, ao cabo de cinco longas partidas, por 4-6, 6-7 (4-7), 6-4, 7-6 (7-3) e 7-6 (10-2), depois de recuperar de dois sets a zero.
“Gostaria de agradecer à minha equipa e família por tudo. Tenho o privilégio de viver grandes feitos ao vosso lado. Tenho a sorte de ter muitos que vieram de Múrcia para me apoiar. Foi um apoio incrível aquele que me deram hoje, ao longo destas duas semanas. Este troféu também é vosso”, sublinhou o detentor de cinco títulos do Grand Slam ainda em ‘court’.
Já depois de se tornar no nono tenista masculino na Era Open a recuperar de dois sets abaixo numa final de um ‘major’, o espanhol, vencedor de Wimbledon, em 2023 e 2024, e do Open dos Estados Unidos, em 2022, confessou aos microfones do Eurosport ser “muito difícil colocar em palavras o que aconteceu” no court Philippe-Chatrier, onde salvou três match points para conquistar pelo segundo ano consecutivo a Taça dos Mosqueteiros.
“Dois sets abaixo contra o número um do mundo, com o nível que ele estava a jogar, simplesmente lutei e tentei continuar. Nunca desisti, estava apenas a lutar, ponto após ponto. No final, foi tudo coração. Joguei com os três c’s do meu avô. O meu avô está orgulhoso”, apontou.
Concluído o encontro ao cabo de cinco horas e 29 minutos, Carlos Alcaraz e Jannik Sinner bateram a final mais longa de Roland Garros, discutida aolongo de quatro horas e 42 minutos pelo sueco Mats Wilander e o argentino Guillermo Vilas, em 1982.