Agência para a Integração e Migrações impede Wes Saunders de jogar em Portugal
Base/extremo da Oliveirense era o MVP da Liga Betclic, jogou em França e Itália e terá de deixar o país por razões de “ordem e segurança públicas”
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A Oliveirense emitiu esta terça-feira um comunicado acusando a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) de, “numa decisão unilateral e sem uma única notificação” ao clube, ter impedido a permanência em Portugal de Wesley Saunders, norte-americano que após seis jogos era o MVP da Liga Betclic. Segundo o clube de Oliveira de Azeméis, a AIMA terá considerado estarem “em causa a ordem e a segurança públicas”.
Wes Saunders, base/extremo de 31 anos natural de Los Angeles, terá no seu cadastro, apurou O JOGO, um delito cometido há oito anos, antes de iniciar uma carreira na Europa que o levou a passar por Finlândia, Itália, França e México, antes de chegar a Oliveira de Azeméis, enfrentando então problemas burocráticos que só lhe permitiram jogar na segunda quinzena de outubro, sendo depois obrigado a parar no final de novembro.
Nesse curto mês e meio, o norte-americano fez seis jogos, com médias de 16,3 pontos, 7,2 ressaltos e 4,2 assistências, tornando-se no melhor jogador do campeonato.
“A UDO, após várias semanas a recorrer da suspensão da inscrição aplicada pela FPB, teve o mesmo privado de continuar a jogar em Portugal”, escreveu a Oliveirense em comunicado, no qual revela incredulidade por o atleta “ter representado alguns clubes da União Europeia, durante seis anos”, por decisão da AIMA, numa “interpretação legal que entendemos manifestamente errada”, pois, lê-se ainda “os fundamentos não foram impedimento para que jogasse em vários países da União Europeia”.
“É com profundo desalento que a Oliveirense se resigna à perda definitiva do atleta”, conclui o clube, destacando que a Federação Portuguesa de Basquetebol fez “várias tentativas e recursos” para resolver a situação, chegando a “declarar o manifesto interesse público da sua continuidade na nossa Liga, a bem do enriquecimento da modalidade e da competição”. Tudo, segundo o clube, “esbarrou na irredutibilidade da AIMA”.