Talento da Bahrain visitou a Volta a Portugal e reviveu os seus feitos com O JOGO
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Protagonista da Volta a Portugal há um ano, Afonso Eulálio regressou à Grandíssima na condição de espectador. O português da Bahrain-Victorious, que compete no World Tour, esteve na partida da sexta etapa, em Águeda, depois de ter visitado e treinado com os antigos colegas do Feirense-Beeceler, no dia de descanso, de véspera.
Na primeira semana, o figueirense competiu na Volta a Burgos, mas não se desligou da prova-rainha portuguesa. “Quando as etapas acabavam, ainda faltava cerca de uma hora para o fim da Volta a Portugal, tentava ver sempre a última parte. No domingo, cheguei a casa e assisti à subida à Senhora da Graça”, conta a O JOGO, em referência a um dia marcante para a formação de Joaquim Andrade, vitoriosa na mítica subida 32 anos depois, com Byron Munton. “No ano passado, fizemos quatro segundos lugares. É uma grande vitória que a equipa já perseguia há bastante tempo. O Byron aproveitou o seu momento, quando todos se entreolhavam”, descreve.
Sobre 2024, quando andou seis dias com a camisola amarela, da Torre até à Graça, Eulálio confirma que fica nostálgico. “Guardo memórias bastante boas. Andar de amarelo na Volta é bastante diferente, o que se sente, o apoio vindo dos portugueses... Na Torre estava a sentir-me muito bem. Nunca pensei atacar a amarela. A ideia era desgastar o Colin Stussi, para depois o António Carvalho finalizar. Acabou por se desenrolar de outra maneira”, recorda, sobre um momento que o ajudou a dar o salto para o mais alto nível. “Antes da Volta já tinha tudo mais ou menos alinhavado, mas manter o nível ajudou a concretizar a saída”, revela.
Na presente edição, com uma segunda semana com vários pontos de decisão, o jovem considera que “todos os dias são importantes, mesmo os mais simples, e a subida ao Montejunto também é dura”. “Claro que gostava de fazer uma edição como esta, até se encaixava nas minhas características, mas agora não penso nisso”, finaliza.
“Têm-me dado oportunidades”
O primeiro ano de Afonso Eulálio no World Tour já teve momentos altos. Foi o primeiro a passar no Mortirolo no Giro e fez uma grande fuga na 17.ª etapa da corrida italiana. Em Burgos, foi terceiro na tirada inaugural. “Tenho tido as minhas oportunidades. Tenho feito o meu trabalho, empenhado, e quero continuar a evoluir e trabalhar”, estabelece o talento luso, que vive em Aveiro. “Vou para os estágios da equipa onde eles decidem, em função do melhor tempo ou altitude, mas treino maioritariamente por casa”, partilha.