Adeptos de Espanha e da África do Sul foram impedidos à última hora de verem um jogo entre as suas seleções de hóquei em campo nos Jogos Olímpicos por causa de uma tempestade... que nunca chegou
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Vários adeptos de Espanha e da África do Sul foram impedidos de verem o jogo entre ambas as suas seleções de hóquei em campo nos Jogos Olímpicos Paris’2024, no estádio Yves-du-Manoir, devido a uma tempestade... que nunca chegou.
Cerca de uma hora antes do arranque da partida, surgiu um aviso no estádio da iminência de uma tempestade elétrica que obrigou, por razões de segurança, a uma evacuação do público, que não teve direito a reembolso. Mais tarde, a partida, que se encontrava suspensa, foi realizada à porta fechada por precaução.
Ora, com os adeptos a verem-se forçados a assistir ao jogo a partir de televisões, o descontentamento espanhol ficou visível nas reações à imprensa.
“É uma vergonha o que nos estão a fazer, nem nos deram uma explicação. Há gente que só voou [para Paris] por causa deste jogo, porque era muito importante para a seleção e nem nos deixaram cumprimentar os jogadores”, reclamou um adepto ao jornal Marca. “Não encontramos palavras para definir o que vivemos. Tivemos de ir a um bar e ninguém nos disse que iriam devolver um euro”, lamentou outro fã espanhol, que nem chegou a entrar no recinto.
“Disseram nos altifalantes para evacuarmos o estádio porque havia perigo de tempestade, mas não caiu nem uma gota. É surreal, isto é um desporto olímpico. Veio gente de toda a Espanha só para ver este jogo. Parece-me inacreditável, estive com um sul-africano que apanhou 16 horas de voo só para ver este jogo... Nunca vi isto na minha vida. No Europeu [de futebol] choveu granizo e não aconteceu isto, parece-me uma vergonha”, foi outro relato.
Uma situação que não passou ao lado dos jogadores, que também assumiram surpresa pela súbita decisão de retirar os adeptos do estádio em cima da hora.
“Foi uma sensação estranha. Tínhamos as nossas famílias e amigos aqui. Foi estranho, mas quisemos dar a volta a isso no balneário e vê-lo como algo positivo, porque a comunicação interna durante o jogo seria mais simples, por isso no final até correu bem”, explicou Marc Reyné, autor de um dos três golos da vitória de Espanha (3-0), ao jornal Marca.