Miguel Oliveira fez história ao vencer o GP da Estíria, este domingo, e à chegada a Portugal falou aos meios de comunicação social.
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Emoções depois da semana passada: "Não é fácil, mas ao mesmo tempo existe um grande trabalho que é feito por trás, começando pela equipa, todo o ambiente que vivemos, era um ambiente de querermos a desforra. Já toda a equipa pressentia que o bom resultado ia chegar, pelo bom trabalho que tínhamos feito. O que se passou no domingo passado [incidente com Pol Espargaró] foi frustrante, mas foi um incidente de corrida, podia ter sido evitado, mas já nem entra sequer na discussão. Usámos toda a frustração como uma impulsão ainda maior para fazermos um bom trabalho".
O pai de Miguel disse que podia ser campeão este ano: "Acho que de todas as pessoas que acreditam em mim, o meu pai é quem acredita mais. Não digo que seja demasiado otimista, eu sinto-me capaz de ser campeão do mundo. Acredito que mais cedo ou mais tarde o vou ser. É muito trabalho e perseverança e com esses fatores vou chegar lá. Obviamente que o meu pai, neste momento, há de ser a pessoa mais orgulhosa desta sala. Acho que o orgulho dele, neste momento, não cabe aqui dentro [risos]".
O que foi mais importante para vencer a corrida?: "Foi uma combinação incrível de fatores. Em primeiro lugar, a troca de pneus. Quando saí a primeira vez, saí com pneu duro, mas olhei para o céu e vi tantas nuvens, pensei que ia ficar mais frio, e quando cheguei à grelha pedi para trocarem o pneu da frente. No início da corrida disse mal da minha vida, mas a partir de meio estava já a pegar um bom ritmo competitivo para chegar ao top-5 e acontece a bandeira vermelha. Tivemos a oportunidade de trocar para o que eu disse que não queria no início da corrida e isso mudou completamente. Depois o arranque foi ótimo, fiz uma excelente primeira curva e o resto é história. Há quem diga que não foi uma corrida normal, mas a oportunidade esteve lá para todos aqueles que a quisessem agarrar. Felizmente fui eu".
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