Iga Swiatek já tem o seu lugar na história do ténis depois de conquistar mais uma vez Roland Garros.
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A polaca Iga Swiatek engrandeceu este sábado a sua curta história no ténis ao conquistar o segundo título em Roland Garros, perante uma inexperiente Coco Gauff, igualando ainda Venus Williams como a jogadora com mais vitórias consecutivas neste século.
A história estava à distância de um triunfo e a polaca de 21 anos apressou-se a alcançá-la, com uma vitória expressiva - a sua 35.ª consecutiva - por 6-1 e 6-3 frente à norte-americana de 18 anos, estreante em finais do Grand Slam, quatro anos depois de ter conquistado o título de juniores no "major" francês.
O favoritismo da imparável jovem polaca, à procura do seu lugar na história do ténis, era incontestável, mas poucos esperariam o "massacre" imposto pela número um mundial à campeã de juniores de 2018 no primeiro set: além da percentagem de 67% de pontos ganhos no primeiro serviço e 75% no segundo, converteu três dos oito break-points de que dispôs, para "despachar" o primeiro parcial em apenas 33 minutos.
Cori Gauff, conhecida desde sempre no ténis como Coco, não desmoralizou e, perante um jogo de serviço menos conseguido por parte de Swiatek, conquistou o único "break" concedido pela adversária, adiantando-se para 2-0 no segundo set.
A esperança de reviravolta seria, no entanto, efémera, já que a campeã de 2020 ganharia cinco jogos seguidos, com um duplo break, e embalaria para um triunfo que nem o facto de a 23.ª tenista mundial conseguir conservar o serviço, para fazer o 5-3 no marcador, ameaçou.
Sob o olhar do futebolista Robert Lewandowski, o outro grande nome do desporto polaco, Swiatek, tão tranquila quanto confiante, ampliou o seu espantoso registo em finais (depois de perder a final de Lugano em 2019, acumula nove vitórias, nenhuma derrota, com 18 sets vencidos e nenhum perdido), fechando o encontro em apenas 68 minutos.
Aos 21 anos (cumpriu-os durante o torneio), somou o seu segundo título em Roland Garros e em Grand Slams e igualou a norte-americana Venus Williams como a tenista com mais vitórias consecutivas no século XXI, sendo também a sétima na história com a maior série de triunfos seguidos.
Mas a vitória da líder do "ranking" WTA frente à mais jovem finalista na "catedral da terra batida" desde Kim Clijsters em 2001 tem outros números impactantes: no court Philippe Chatrier, a polaca, que não perde desde 16 de fevereiro, conquistou o seu sexto título consecutivo e o nono da carreira.
"Acabei de dizer à Coco para não chorar... o que é que estou a fazer agora?", brincou, depois de emocionar ao ouvir o hino polaco e antes de deixar umas bonitas palavras à norte-americana de 18 anos: "Parabéns, estás a fazer um trabalho fantástico, consigo ver a tua progressão mês após mês. Quando tinha a tua idade, no meu primeiro ano no circuito, não tinha ideia do que estava a fazer, por isso tu vais encontrar [o teu caminho]."
A recém-sagrada campeã prosseguiu com agradecimentos à sua equipa, sem a qual "não estaria" no lugar em que está hoje. "Estou feliz por todas a peças terem finalmente encaixado", completou. "Há dois anos, ganhar este título foi algo incrível, que nunca esperei, mas desta vez sinto que trabalhei arduamente e fiz tudo ao meu alcance para chegar aqui, embora tenha sido muito duro, a pressão era grande", reconheceu.
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