Diretor da Volta fez balanço de edição marcada pelos incêndios, já pensando no centenário
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Finda a 23.ª Volta a Portugal que dirigiu, Joaquim Gomes lembrou que esta edição “ficou marcada pelos grandes incêndios, que deixaram a organização em sobressalto durante dois dias”, incluindo neles o da subida à Senhora da Graça, durante o qual a corrida foi neutralizada antes de Mondim de Basto. “Foi algo inédito para mim e felizmente não passei pela frustrante situação de anulamento”, revelou. Nessa etapa, os comissários retiraram um minuto da vantagem da fuga de Francisco Peñuela (Caja Rural) sobre o pelotão. Gomes reconheceu o erro, mas o colégio “tinha desculpa, atendendo ao contexto, pois estavam sob tensão”.
A Volta “foi correndo bem e os problemas estão mais do que identificados”, nas palavras do responsável, que afastou os “profetas da desgraça”. “Não me vou prolongar muitos mais anos como diretor da Volta, mas acredito que ela está bem viva e vai permitir um caminho tranquilo”, anteviu, desejando que o centenário da prova, a assinalar em 2027, “seja fantástico”.
A próxima edição vai ser a última sob a alçada da Podium Events, que organiza o evento desde 2001. “O futuro organizador vai ser decidido nos próximos tempos”, adiantou. Para Gomes, 2026 será “o ano mais ingrato”. “Vamos ter de aguardar pelo ato eleitoral para iniciar contactos com os municípios e traçar a espinha dorsal da Volta nos próximos quatro anos”, explicou, sem adiantar locais de partida ou chegada para a 87.ª edição.