A Taça de Portugal que faz valer a pena: "Temos noção do país em que vivemos"
No Sporting desde que a secção reabriu, há seis épocas, o técnico Rui Pedro Costa falou sobre uma modalidade que somou o terceiro troféu de sempre no feminino.
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Ao derrotar a AJM/FC Porto, bicampeã nacional em título, por 3-2, no sábado, em Viana do Castelo, o Sporting conquistou a Taça de Portugal de voleibol feminino. "Teve sabor a duas coisas: dever cumprido e a perceção de que todo o trabalho por que passámos valeu a pena. Chegámos à meia-final com a unidade de treino 210, não contando com as sessões de vídeo ou musculação. Devemos ser das equipas que mais trabalha em número de horas, o que, reconheço, não quer dizer que se trabalhe melhor. Mas sim, valeu a pena", reagiu Rui Pedro Costa em exclusivo a O JOGO.
Um técnico que sempre esteve ligado ao feminino, apenas jogou nos escalões de formação e aos 14 anos já era treinador de "uma modalidade que, em vários países, é mais forte e tem maior investimento nas mulheres", sublinhou, para a seguir revelar as condições que o Sporting, clube de que é adepto confesso, proporciona.
"Essa foi a nossa primeira grande conquista, a igualdade em horas de treino, logística, espaços para trabalhar, profissionalismo. Apenas duas atletas não são profissionais, porque estudam, mas que conseguem acompanhar todas as outras. E também temos uma atleta que voltou, depois de ser mãe. Criámos as condições para ela voltar", disse, "orgulhoso" das jogadores que comanda. "Só o orçamento é diferente, mas temos noção do país em que vivemos", frisou ainda o técnico de 46 anos.
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