Victor Iturriza, pivô de 30 anos a fazer uma grande campanha no Egito, acredita que Portugal pode derrotar a França e diz querer voltar a casa de medalha.
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O luso-cubano Victor Iturriza é uma das mais recentes incorporações de Paulo Jorge Pereira na Seleção.
Este domingo (19h30, RTP 2), frente à França, somará a 10.ª internacionalização, tendo, nas nove anteriores, 32 golos, média de 3,5 por partida. "É um orgulho estar aqui, no maior evento do andebol, a representar Portugal. O grande objetivo de uma seleção é estar nestes palcos, nos mundiais, nos europeus. É um orgulho mesmo muito grande estar aqui", resumiu. "Já estou há seis anos em Portugal e o país é uma segunda casa para mim. Se hoje sou o que sou, é fruto do meu trabalho e Portugal deu-me muito, deu-me a possibilidade de ser o que sou", continuou o jogador que fez dois anos no Avanca e está há quatro épocas no FC Porto.
O facto de estar a sair-se muito bem, tanto a defender como a atacar, foi outro tema colocado a Iturriza. "É muito bom quando as coisas começam a sair bem. Eu sabia que a equipa precisava muito a nível defensivo, mas no ataque também me tem corrido bem e estou confiante. Quando se tem esse "feeling" é continuar a ajudar a equipa", respondeu.
"O Mundial é uma realização para qualquer atleta. Acima disto só mesmo os Jogos Olímpicos"
Esta noite, a partir das 19h30, Portugal joga uma verdadeira final. "Esta seleção já provou que se pode bater com qualquer outra, França incluída. Estamos num bom momento e, se fizermos a nossa parte, lutarmos, acredito que podemos ter um bom resultado contra a França, que é a vitória e a passagem aos quartos de final, é nisso que pensamos e que toda a gente quer", garantiu. De toda a forma, o pivô dos azuis e brancos fala num adversário de grande nível. "A França é excelente, continua a ser uma excelente equipa, veio para o Mundial um pouco desvalorizada pelos resultados anteriores, mas chegaram cá e têm demonstrado que têm uma grande equipa. Não vamos ter tarefa fácil e, por estas duas últimas derrotas contra nós, vão querer vingar-se e nós temos de estar conscientes disso e entrar no máximo das nossas capacidades", alertou.
Iturriza, que diz que a Seleção está "a viver naquilo a que se chama uma bolha", mas que "a luta contra a pandemia é outra vitória", sabe bem como quer regressar a casa. "O meu sonho é voltar a Portugal com uma medalha ao peito e esse não é um objetivo maluco, é alcançável. Para já, há que passar para a fase final e, depois, dar tudo por tudo por esse ansiado pódio. Não é um sonho, é a meta", atirou.