Evelise Veiga e a medalha nos Jogos do Mediterrâneo: "Teve um sabor agridoce"
"Sabor agridoce" para Evelise Veiga com bronze no comprimento
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O bronze conquistado por Evelise Veiga no salto em comprimento teve "um sabor agridoce", porque sentiu ter condições para o ouro, no segundo dia do atletismo nos Jogos do Mediterrâneo Oran'2022.
"Teve um sabor agridoce, este bronze. Fiz bons saltos, infelizmente nulos. Estive à frente por uma ronda, não me consegui manter, infelizmente. Esta marca não é o que estou a valer neste momento, já fiz saltos mais longos do que isto, esta época. Estava tudo ao meu alcance para trazer o ouro, não foi possível hoje. Temos de estar gratos pelo bronze e felizes na mesma", declarou, após ter subido ao pódio, já de bronze ao peito.
Veiga conseguiu a marca que lhe valeu o pódio, 6,54 metros, logo ao segundo salto, e acabou "empatada" com a segunda classificada, a egípcia Esraa Owis, com desempate desfavorável, e atrás da campeã, a sérvia Milica Gardasevic, que saltou 6,67 metros.
A abrir, saltou para 6,15 metros, depois os 6,54 metros que deram o bronze, 6,39, dois nulos e fechou com 6,21 metros, todos longe da sua melhor marca pessoal, os 6,71 metros.
Em Tarragona2018, a atleta do Sporting, de 26 anos, tinha ficado em quinto lugar, subindo agora ao pódio, competindo ainda no triplo salto.
Apesar de se sentir desiludida com a marca de hoje, espera que o valor que corresponde ao momento que atravessa "saia no Mundial", de 15 a 24 de julho em Eugene, nos Estados Unidos.
"Estou convicta de que sairá lá, espero que sim. Estou a fazer uma excelente época, tudo indica que a qualquer momento vai sair. (...) Em 2018, tinha sido a minha estreia nos Jogos do Mediterrâneo, tive um quinto lugar, e hoje consegui um terceiro. Sem dúvida que houve progressão. Chegar às medalhas é ótimo e estou feliz por isso", declarou.
Neste tipo de provas, "acaba por interessar um pouco mais a medalha, não tanto a marca", e é um bom presságio para o triplo salto, no sábado, a que se tem dedicado um pouco menos, face à "grande paixão" que tem pelo salto em comprimento.
"Não me tenho dedicado a 100%, mas não está esquecido. A prioridade é o salto em comprimento, mas sempre que posso conciliar ambas, tenho feito esse trabalho", explicou.
Foi a quarta medalha do atletismo na Argélia, depois das pratas de Lorène Bazolo e Liliana Cá e do bronze de Tiago Pereira, e a terceira do dia de hoje, depois do ouro de Diogo Ribeiro nos 50 metros mariposa e a prata de Ana Catarina Monteiro nos 200 m mariposa.
Portugal tem agora 12 medalhas na prova, somando os ouros de Diogo Ribeiro e Rafael Reis, à prata de Ana Catarina Monteiro, Jieni Shao, Lorène Bazolo, Liliana Cá e da equipa masculina de ténis de mesa, e os bronzes de Evelise Veiga, Filipa Martins, Tiago Pereira, João Geraldo e da equipa feminina do ténis de mesa.
Os Jogos do Mediterrâneo Oran2022 arrancaram em 25 de junho e decorrem até 6 de julho, com mais de três mil atletas de 26 países diferentes, incluindo 159 portugueses em 20 disciplinas.