Apesar de entender que se instalou uma fase de "total histeria", o conhecido adepto do Vitória compreende a fúria do Braga motivada pela arbitragem no jogo com o Boavista. Miguel Pedro acha que o mal já vem de trás
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A paciência de António Salvador esgotou-se após o jogo com o Boavista, marcado pelas expulsões do central André Pinto e do técnico Paulo Fonseca e por um alegado penálti. Irritado com a arbitragem, o presidente do Braga explodiu, exigindo mais "respeito" e "isenção" nos próximos jogos dos arsenalistas, e o tema foi objeto de reflexão em mais um debate do Minho Futebol Clube, moderado por José Manuel Ribeiro, diretor de O JOGO. "Se eu fosse o árbitro, não teria dado vermelho ao André Pinto. Acho, porém, que Salvador falou quando tinha menos razões de queixa", sentenciou João Torrinha, adepto do V. Guimarães, para quem o futebol português atravessa uma fase "de total histeria".
Miguel Pedro, apaixonado pelo Braga, teve a perceção de que Manuel Mota "não atuou de má-fé" na partida disputada no Bessa, mas já era impossível controlar, mais uma vez, os nervos. "A revolta do Salvador teve a ver mais com a arbitragem do jogo anterior. Contra o Rio Ave, assistimos de facto a uma arbitragem muito má. O grande problema de muitos árbitros é que são permeáveis à pressão, daí que toda a gente fala deles", constatou.