O empresário britânico, alegado cabecilha de um esquema fraudulento, saiu da prisão a troco de cerca de 1600 euros, mas pode voltar a ser detido
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Raymond Whelan, alegado cabecilha de um esquema de vendas ilegais de bilhetes para o Mundial do Brasil, foi solto na madrugada de segunda-feira, depois de ter pago uma fiança no valor de 1600 euros. O diretor-executivo da Match Hospitality, única empresa autorizada pela FIFA para venda de pacotes de ingressos e camarotes, esteve detido dez horas numa esquadra do Rio de Janeiro e saiu em liberdade sem prestar quaisquer esclarecimentos. "Ele iria depor, mas é garantido a todos os cidadãos estrangeiros que tenham um tradutor, e não havia nenhum disponível. Assim que se recuperar do absurdo que ocorreu, está disposto a ser intimado e prestar todos os esclarecimentos. Não faria sentido depor depois do desgaste de uma noite de prisão ilegal", justificou o advogado do empresário britânico, Fernando Fernandes.
De acordo com a polícia brasileira, há escutas telefónicas que incriminam Raymond Whelan negociando valores de bilhetes, motivo pelo qual a prisão preventiva deve ser pedida nas próximas horas. Além de Whelan, há 11 pessoas indiciadas por venda ilegal de ingressos e associação criminosa.
Em comunicado, a empresa Match Hospitality fez saber que Whelan "não violou a lei" e mostrou-se convicta de que a conclusão das investigações vai confirmar a inocência do empresário. Para já, o diretor-executivo da empresa continuará a trabalhar normalmente no Mundial, pois a FIFA informou que não vai tomar nenhuma medida até que as investigações sejam concluídas.