Na antevisão do jogo com a República Checa, Paulo Bento, que hoje faz 43 anos, desejou uma prenda, amanhã, para todo o grupo e para todos os portugueses.
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No dia em que fez 43 anos, Paulo Bento não escondeu que gostava de ter uma prenda coletiva no jogo de amanhã dos quartos de final com a República Checa. "Não é a primeira vez que tal me acontece. Aconteceu em 2000 [Europeu da Holanda e da Bélgica] no dia do jogo com a Alemanha", recordou, formulando o desejo de "tentar transformar esta alegria que é pessoal numa alegria coletiva no jogo de amanhã. O grande desejo deste dia é que seja de felicidade amanhã para para todos os portugueses".
Numa alusão aos jogos da 1ª fase, o selcionador nacional defendeu que "são jogos diferentes", atendendo a que este "é a eliminar". "Com a Dinamarca não tínhamos possibilidade de errar, com a Holanda também não e se no primeiro estávamos numa situação menos confortável, no segundo era o adversário que estava. Agora vão partir as duas equipas na mesma situação", sublinhou, adiantando pretensões: "Dentro dos 50 por cento de hipóteses que tem cada equipa tentaremos ser mais fortes e temos conseguido essa meta fruto do talento e do trabalho. Acredito que teremos muitas dificuldades".
"Jogar à pressa não é bom"
Paulo Bento explicou que "50 minutos de adaptação ao relvado não têm influência no jogo que fazemos no dia seguinte", pelo que não mostrou preocupação por não ter treinado hoje no Estádio nacional de Varsóvia. O selecionador nacional aposta mais num "uma dose grande de humildade para seguir em frente", a mesma que nos fez "chegar até aqui".
A incógnita à volta de Rosicky também não preocupa Paulo Bento. "Jogue o Rosicky ou não, temos uma estratégia definida, não abdicaremos dessa estratégia jogue quem jogar, mas há sempre fatores a ter em conta". Outro detalhe "sem influência": ter menos um dia de descanso do que a República Checa. "Quatro dias de descanso é o que temos tido até aqui. Não acredito que tenha influência menos um dia", argumentou, avançando o que considera ser mais importante: "Os níveis emocionais estarão fortes e fisicamente também estaremos bem. A organização que temos tido faz com se superem alguns momentos que possa haver cansaço. Devemos ser dinâmicos, agressivos, jogar com velocidade quando for preciso, mas não jogar à pressa. Jogar à pressa não é bom".
"Árbitro extraordinário"
Uma pergunta curiosa de um jornalista estrangeiro: Ronaldo precisa de instruções para jogar? "Dou as instruções que há para dar. Houve uma pessoa que me disse que o talento cansa muito. Tento não os cansar com muita informação. E felizmente tenho muito talento ao meu dispor e procuro que as palestras sejam curtas, resumidas, para que depois possam colocar em prática e o Ronaldo está dentro da equipa".
Howard Webb foi o escolhido para dirigir o jogo de Portugal, e Paulo Bento, só tem boas recordações do árbitro inglês e profissional: "Temos um árbitro extrarodinário amanhã. Num jogo dificil na Bósnia, fez uma exibição fantástica, uma arbitragem extraordinária".
Momento do presidente do Barcelona
Sobre as declarações de Sandro Rosell, presidente do Barcelona, que considerou "Ronaldo o 12º jogador do Mundo", Paulo Bento considerou: "Todos temos um momento para dizer coisas que não devemos dizer. E o presidente do Barcelona teve esse momento, não mais do que isso".