Carlos Mané: "Irei regressar a Portugal ,mas talvez só daqui a três ou quatro anos"
O avançado Carlos Mané sente saudades da liga portuguesa, mas só conta regressar dentro de “três ou quatro anos”, uma vez que, para já, ainda quer continuar a experimentar o futebol de outros campeonatos
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Para trás a cara de menino com que jogou alguns anos no Sporting, a eterna promessa muito querida em Alvalade, Carlos Mané, tem feito por elevar a sua carreira na Turquia, cumprindo a terceira época no Kayserispor, esta temporada com onze jogos, um golo e duas assistências.
O extremo está feliz, agora que encontrou maturidade e estabilidade num clube que tem acolhido bem o seu talento. “Foram três anos bons, o primeiro nem tanto, mas o balanço é muito positivo. Até porque o clube está a tentar renovar comigo, mas ainda não sei o que o futuro dirá. Estou a gostar, a cidade é ótima, o clube estável, estou a ponderar se fico ou se procuro seguir para outro país. Mantenho o meu futebol mas acho que hoje decido melhor o jogo e tomo melhores decisões. Tenho uma perspetiva muito diferente do que tinha antes, nada a ver com o Mané mais novo”, admite o avançado, que agora tem feito parte das escolhas da Guiné-Bissau.
“Já me tinham convidado antes, mas não me sentia bem fisicamente para representar na máxima força. Estou a gostar e estamos num momento importante com vista à qualificação para o Mundial e vamos ter a CAN em janeiro. Vieram muitos jogadores novos para a seleção e podemos fazer coisas boas. A Guiné tem atletas de grande qualidade, estão a juntar-se e há aqui um misto de gerações que pode funcionar. Há um contributo que pode chegar de muita gente. O treinador tem apostado bem na renovação, porque há jovens com potencial. Tem dado confiança a toda a gente, faz os mais novos sentirem-se envolvidos pelo que significa jogar pela Guiné-Bissau”, conta Carlos Mané, sem pressa de voltar a Portugal.
“Irei regressar ,mas talvez só daqui a três ou quatro anos. Ainda quero continuar a experimentar o futebol noutros campeonatos, mas gosto muito de Portugal e da nossa liga, bem como do estilo de jogo”, adianta o extremo do Kayserispor.
“Na Turquia o jogo é mais partido, as equipas dão muitas oportunidades para se fazerem contra-ataques, as partidas ficam sempre muito abertas. Em Portugal era um nível mais técnico e tático, feito de melhores treinadores. Joga-se melhor, porque há sempre técnicos de qualidade muito elevada. Na Alemanha foi tudo mais físico, mais técnico e rápido. Eu gostava muito do futebol alemão, ainda tenho saudades”, afirma o antigo internacional jovem por Portugal.