ENTREVISTA - Vítor Baía revela que lhe falaram sobre a possibilidade de ser candidato em abril, mas enumera todas as condições para Pinto da Costa continuar. Trabalhar com o homem que lidera o destino dos dragões há 41 anos é, para o ex-jogador, uma escola de vida e bate todos os cursos que pudesse tirar.
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O período de pré-campanha há muito que se sente no FC Porto e, segundo Vítor Baía, importa blindar a equipa de futebol do turbilhão de mentiras que proliferam nas redes sociais. Sobre uma possível candidatura, só no pós-Pinto da Costa.
Abril é mês de eleições e Pinto da Costa ainda não anunciou a recandidatura. Passa-lhe pela cabeça ser presidente do FC Porto?
- Não vou mentir ao dizer que existiram pessoas que falaram comigo sobre essa possibilidade. O próprio presidente falou comigo, porque achava que, se ele não fosse candidato, eu estava preparado para assumir essa responsabilidade. E disse ao meu presidente que estaria com ele até ao fim, que não passava pelos meus objetivos e pela minha cabeça deixar de estar com ele, porque tem sido um privilégio tremendo. Todos conhecem a minha trajetória como jogador de excelência. Não há ninguém que tenha ganho mais do que eu, em termos de troféus. Quando digo eu, o clube. Mas há uma pessoa comum a tudo isto, que é quem escolhe os jogadores, o treinador e a sua equipa de gestão, que é Jorge Nuno Pinto da Costa. Isto, para mim, é uma escola de vida. Representa todos e mais alguns cursos que pudesse ter tirado antes de chegar aqui. A prática não tem nada que ver com a teoria. E o que tenho vivenciado, o que o senhor presidente me tem transmitido, o privilégio que é estar nesta estrutura a viver intensamente os problemas do clube e a querer encontrar soluções para os mesmos, é algo que não tem preço. Sinto-me grato por isso. Estou com o presidente de alma e coração. É um homem com uma história lindíssima, mas ainda tem muito para fazer neste FC Porto. E estou certo que, cumprindo os requisitos que ele colocou para que possa ser candidato às próximas eleições - como acredito que o faremos -, estão reunidas todas as condições para que ele possa continuar o seu trabalho, a sua obra e para que os sócios se revejam no que é o maior e melhor presidente da história do futebol mundial.