Não há toadas de contenção para ninguém. O selecionador nacional vai enfrentar a Irlanda do Norte sem temores, com o objetivo de a domar o mais cedo possível. O relvado deve resistir à chuva e permitir a circulação de bola ideal para a técnica dos lusitanos
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Convicção não faltou a Paulo Bento na antevisão da batalha do Windsor Park. Em primeiro lugar, a de que Cristiano Ronaldo vai jogar; em segundo, a de que Portugal vai conseguir impor uma atitude dominadora; e, em terceiro, a mais óbvia: a de que a formação lusa vai obter os cruciais três pontos em disputa.
Cristiano Ronaldo estava em dúvida. Depois do treino, está em condições de dizer que vai ser titular?
Se estiver em condições vai ser titular de certeza. Treinou na íntegra, vamos aguardar 24 horas, mas acredito que estará em condições. Treinou a cem por cento, fez a totalidade do treino, só temos de ver depois a reação ao esforço que fez no treino.
Se ele não recuperar fica mais difícil o objetivo da vitória...
Ele falhou muito poucas vezes, apenas os particulares contra Chile, Finlândia e Gabão e ainda o Azerbaijão, este oficial. Espero que possa jogar. Ficamos fortes com ele, mas, se não jogar, obrigatório é competir da mesma forma e lutar pela vitória de igual modo.
As mudanças na convocatória afetaram a estabilidade do grupo?
Para ter estabilidade não é preciso virem sempre os mesmos 23. Importante é manter a estabilidade que nos tem vindo a ser conferida, a identidade que conseguimos criar ao longo deste tempo.
O historial de Portugal frente à Irlanda do Norte não é positivo - só triunfou uma vez em Belfast. Isso é relevante para si?
Em relação às estatísticas só há uma atitude: as boas são para manter e as más para alterar. É o que vamos tentar fazer. A Irlanda do Norte vai por certo criar problemas, com uma agressividade e uma intensidade elevadas, com um jogo muito vertical. E ainda vai tentar qualificar-se. Vamos ver o que o jogo nos vai trazer e adaptar-nos aos desafios que nos colocar, esperando nós, em relação ao jogo do Dragão, um adversário com mais iniciativa, com um jogo não tão direto.
O jogo é decisivo?
Vamos assumir o jogo, ser dominadores e procurar a vitória. Mas se vencermos, como espero, depois temos ainda seis pontos para conquistar. Nesse sentido, para mim este jogo não é decisivo.
Esteve a chover durante o treino. O relvado ficou afetado?
Está bom, embora um pouco duro na zona central. Mas a bola rola bem, o que é fundamental para nós, para podermos assumir o jogo. Não será pelo relvado que não faremos o nosso trabalho.
Concorda que Portugal revela por vezes algumas fragilidades no ataque? Isso deixa-o preocupado?
Tentaremos esconder as nossas debilidades, que as temos como tem qualquer equipa, e potenciar ao máximo as nossas qualidades, que são muitas. Preocupações não tenho. Tenho é uma ambição tremenda e durante a semana os jogadores mostraram-me que estão imbuídos de espírito de conquista e de ambição. Por isso vou com confiança e uma dose enorme de ambição.