Uma disputa ao sprint entre Herrera e Josué

Paulo Fonseca assumiu que escolheu o onze que defrontou o Gil Vicente fazendo contas às saídas a Viena e ao Estoril, mas não deixou qualquer pista quanto ao maior dilema que tem para resolver antes da estreia europeia. A titularidade de Quintero só confirmou a reserva de Lucho para a Champions, mas na gestão do meio-campo não houve qualquer indício sobre quem será o substituto de Defour, castigado após a expulsão em Málaga, no último encontro europeu dos dragões.

Quanto muito, o sinal até veio do jogo da equipa B, na sexta-feira, e no qual esteve, a tempo inteiro, Héctor Herrera. O mexicano regressou na quinta da seleção, treinou à tarde com Jackson e Quintero e somou minutos no dia seguinte. É certo que a aposta não lhe deu o que naturalmente lhe falta em entrosamento com o plantel, mas assegurou-lhe ritmo competitivo para um duelo que será exigente a esse nível.

Sendo altamente improvável que Lucho e Quintero coincidam pela primeira vez num onze, o 8 de que Fonseca está à procura só poderá sair do dilema entre Herrera e Josué, uma vez que Carlos Eduardo não está inscrito na UEFA. O português, que não saiu do banco no duplo compromisso da Seleção, nem na receção ao Gil Vicente, conhece de cor as ideias do treinador e tem rotinas no plantel, sendo certo que foi a partir da ala que somou jogos oficiais.

Não é menos verdade que foi na posição de Defour que cumpriu toda a pré-temporada, facto que lhe credita mais um ponto na disputa com Herrera. Nesta soma de items, ambos coincidem, porém, na falta de experiência europeia, pelo que no Prater estará, seguramente, um debutante na Champions.

Com Varela encaminhado para segurar o lugar na equipa, esse pode ser também um sinal de que Paulo Fonseca está a pensar em desviar o jogador contratado ao Paços de Ferreira, mas à margem de argumentos do plano teórico estará necessariamente uma decisão firme do treinador. Não passa de hoje...