Título decide-se hoje. Os onzes que Benfica e FC Porto vão apresentar acumulam mais de 600 horas em campo esta temporada. Mas o que realmente importa são estes 90 minutos
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Os maratonistas entram no estádio e chegou a hora do sprint final. Olha-se para trás, fazem-se as contas do que já foi percorrido e percebe-se que são horas e mais horas. Contando todas as partidas desde o arranque oficial da temporada, a 1 de julho (inclusivamente as de seleções) o onze titular dos dragões acumula um total de 37 127 minutos, contra os 36 616 da equipa que Jorge Jesus deverá lançar. São mais de 600 horas em ambos os casos; mas o que realmente interessa são os 90 minutos de hoje.
Recordista destas contas é Garay, indiscutível no Benfica e também na seleção argentina. O central está a apenas três minutos de chegar aos 4500 desde o início da temporada, o que dá quase 75 horas em campo. Do lado dos portistas, João Moutinho confirma o estatuto de imprescindível, tanto para Vítor Pereira como para Paulo Bento. Apesar da lesão que o impediu de jogar durante mais de três semanas, o médio é o único jogador dos campeões nacionais que já ultrapassou a barreira dos quatro mil minutos.
O acumulado dos onzes prováveis mostra que os jogadores do FC Porto chegam a esta partida com mais competição nas pernas, apesar de a equipa ter disputado menos sete jogos do que o Benfica (45 contra 52). Contas de que ninguém se vai lembrar quando Pedro Proença apitar para o início da partida desta noite. Clássico é clássico e, ainda por cima, este vale um campeonato
