Os números dizem e o colombiano confirma: o melhor Jackson está a aparecer agora, apesar de os seus golos serem uma constante na época portista. De resto, o crescimento individual anda de mão dada com a evolução do coletivo
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Sete golos nos últimos oito jogos oficiais do FC Porto confirmam o regresso de Jackson à bitola a que o colombiano habituou os dragões. A melhor fase da equipa é simultaneamente causa e consequência do momento do avançado, que reconhece uma participação muito mais completa no jogo coletivo e um salto qualitativo no futebol dos tricampeões. Ainda que o balanço provisório saia fortemente condicionado pelo adeus prematuro à Champions, Jackson confia num bom 2014.
Depois de duas boas vitórias, a paragem não vem em má altura?
Seria bom continuar depois deste momento, mas penso que também é importante passar esta quadra com as nossas famílias.
Tendo em conta que o próximo jogo é em Alvalade, para a Taça da Liga, o resultado e a exibição conseguidos contra o Olhanense têm mais valor?
É melhor quando se chega a um clássico depois de uma exibição contundente, ganhando como o fizemos contra o Olhanense. Vai ser um jogo importante entre duas das maiores equipas de Portugal.
Face ao crescimento do Sporting, este será um campeonato melhor?
Sem dúvida. Este Sporting não tem nada a ver com o da temporada passada, há uma grande diferença. Nota-se que houve um grande trabalho e que o nível do rendimento subiu muito. O Sporting está na liderança e tem demonstrado porquê jogo após jogo. Agora, apesar de o FC Porto não estar na frente [n.d.r.: a conversa precedeu o empate do Sporting com o Nacional], estamos confiantes, faltam muitas jornadas e queremos chegar ao final vencedores, como aconteceu na época passada.
Olhando ao que viu do campeonato, o FC Porto é o maior favorito?
O FC Porto é sempre favorito, essa pressão existe sempre aqui, como no Benfica e no Sporting, apesar de não ter estado bem na época passada. No FC Porto já nos habituámos a ganhar. Os jogadores que vão chegando vão adquirindo esse hábito e essa fome de triunfar.
Mas estavam a contar chegar ao Natal na frente...
Claro. Seria muito melhor, mas vamos na mesma tranquilos, porque estamos a fazer um bom trabalho, subindo de rendimento. Isso tem-se notado no coletivo, porque sentimos a equipa a crescer.
Como é que o plantel sentiu as críticas a Paulo Fonseca?
Para o treinador deve ser muito difícil passar por uma situação como a que passámos, num clube em que a pressão é constante, nos jogos e nos treinos. Mas ele tem de seguir em frente, porque as críticas vão existir sempre quando a equipa não jogar como se pretende.
Há cerca de mês e meio comentou-se que não estava a render ao nível da época passada. Nos últimos encontros marcou sete golos. Está dada a resposta aos críticos?
Essas críticas não as levei a mal. Não é que não estivesse a marcar golos, mas não estava a marcar tantos como na época passada por esta altura. Mas estava a trabalhar bem, sinto-me muito melhor e tenho ajudado muito mais a equipa.