Jackson analisa a série pessoal, mas também o momento de uma equipa que, sustenta, foi alvo de "críticas injustas". Sinais de retoma levam o goleador a realçar a qualidade do grupo
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Poucas horas depois de ter contribuído de forma decisiva para a vitória do FC Porto em Guimarães, Jackson embarcou rumo a Bruxelas para se juntar mais uma vez à seleção colombiana, que se prepara para defrontar a Bélgica e a Holanda. Antes, porém, ainda falou com os jornalistas sobre o momento da equipa e elogiou a qualidade de um plantel que tem, justifica, grande margem de crescimento.
Depois de quatro jogos sem marcar, ficou aliviado com o golo apontado em Guimarães?
Sinto-me tranquilo, bem, e contente pela vitória da equipa. Fizemos um bom jogo. Também estou muito contente por ter marcado, até porque vinha de uma série de jogos seguidos sem conseguir fazer golos. Estive sempre tranquilo, mesmo durante estes quatro jogos que passei sem marcar, mas, como sabem, dependo dos meus companheiros para fazer golos. Agora só espero continuar a marcar.
Acabou de dizer que depende dos seus companheiros para marcar. Sente saudades de João Moutinho e James Rodríguez, que eram os jogadores que lhe faziam mais assistências para golo?
O James e o Moutinho foram jogadores importantes no FC Porto, que fizeram a diferença enquanto cá estiveram. Agora chegaram outros jogadores que também estão a escrever a sua história, pelo que não podemos continuar a pensar nos passes que o James ou o Moutinho faziam. Temos de dar atenção aos jogadores de qualidade que temos neste momento no plantel e acreditar que eles podem fazer igual, sobretudo agora, que a equipa está a jogar cada vez melhor. É preciso lembrar que também não jogamos sozinhos e que os adversários estão a jogar melhor, já nos conhecem melhor. O mais importante é continuar a trabalhar, ser paciente, lutar até ao fim e saber que esta situação vai acabar por ser ultrapassada.
Continua a concordar com a ideia de que não está a render ao mesmo nível da época passada?
Tem havido muita especulação à volta do meu momento. Se calhar, é verdade que as coisas não estão a sair como na época passada, mas isso não quer dizer que eu esteja menos comprometido com o clube ou que esteja a pensar noutras coisas. O meu envolvimento com o FC Porto é o mesmo da última época. Nem tudo tem saído como eu queria, gostava de estar a marcar mais golos, mas, em relação ao meu trabalho, tenho a consciência de que tenho dado o máximo e de que estou a fazer tudo para voltar ao meu melhor momento de forma.
Há quem diga que o Jackson não está a render tanto como na época passada devido ao impasse em torno da renovação de contrato...
Isso para mim... eu podia dar uma explicação... já agora, o que é que as pessoas diriam se eu estivesse a jogar como na época passada e ainda não tivesse renovado o meu contrato? Se, por qualquer motivo, não me sentisse bem no clube, já teria manifestado publicamente essa minha preocupação. Mas não, não o fiz porque não tenho nenhuma queixa do FC Porto. Estes assuntos devem discutir-se no interior do clube e não é necessário trazê-los cá para fora. O facto de ainda não ter renovado não tem nada a ver com o meu momento. Se houver renovação, tudo bem; se não houver, seguirei contente no clube. Independentemente do que acontecer, continuarei com vontade e a dar tudo o que tenho para ajudar o FC Porto.
Considera então que as críticas que lhe são feitas têm sido injustas?
Sim, para mim as críticas são injustas. Respeito a opinião de todos, mas é errado dizer-se que esta época não estou a apresentar o mesmo nível só porque ainda não renovei com o FC Porto. Dou tudo o que tenho em cada jogo para ajudar a equipa, gosto de jogar para a equipa, não gosto de jogar individualmente, apesar de saber que dependo muito dos golos que marco.