Rui Vitória começa hoje a delinear os moldes do ataque ao Bayern, mas o golo do mexicano em Coimbra não lhe garante o onze na vaga de Jonas. A aposta no brasileiro ganha força
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No rescaldo da vitória em Coimbra, Rui Vitória concedeu ontem folga ao plantel, mas começa já hoje de manhã a preparar a decisiva receção ao Bayern Munique. E a principal dúvida na cabeça do técnico benfiquista para o encontro da próxima quarta-feira reside no jogador a lançar nas costas de Mitroglou, estando as opções reduzidas a Talisca ou Jiménez.
O internacional mexicano entrou e marcou o tardio golo da vitória no reduto da Académica, mas tal não lhe confere vantagem nesta disputa. Afinal, não tendo Gaitán (ver página 10), o técnico benfiquista está inclinado a lançar Talisca nas costas do dianteiro grego, numa fórmula que lhe permite garantir mais uma unidade no meio-campo sempre que a equipa não está em posse de bola. De resto, se este é o primeiro jogo da época sem Jonas, os factos anteriores demonstram que, em jogos de maior responsabilidade nos quais Rui Vitória não apostou no internacional brasileiro - foi assim em Braga para o campeonato e em Alvalade para a Taça de Portugal -, a aposta recaiu precisamente neste esquema, mas no caso com o agora indisponível Gaitán atrás do ponta de lança.
Jiménez, por outro lado, garante a tal "agressividade" sobre a bola que o próprio Rui Vitória elogiou após a última vitória em Coimbra, mas, tendo em conta o estilo e as armas do Bayern, é menos provável que as águias se lancem com dois avançados declarados. O camisola 9 festejou, para além disso, metade dos seus oito golos como suplente utilizado - é já uma espécie de arma secreta - e, se for lançado de início, Vitória deixa de ter um avançado no banco para lançar em caso de necessidade.