Cansado de ser o 12º jogador, Defour recusa ultimatos, mas condiciona os próximos meses ao sonho de estar no Brasil'2014. Confia na sua afirmação, mas será o primeiro a procurar a SAD caso lhe faltem minutos de jogo.
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Defour pode encarar a próxima temporada com uma certa expectativa. Começando pela saída de João Moutinho para o Mónaco e a eventual mudança de ares de Fernando, o que pode deixar em aberto duas posições no meio-campo que o belga gosta de preencher, passando pela chegada de Paulo Fonseca ao clube e a necessidade que terá de o convencer a confiar nele para ganhar um lugar na equipa, a campanha de 2013/14 pode ainda terminar com a presença no Mundial no Brasil, com a camisola da seleção belga. Este último objetivo é mesmo aquele que pode influenciar de forma decisiva o percurso da próxima temporada. "Se a certa altura da próxima época não tiver tempo de jogo suficiente, terei de falar com os dirigentes do FC Porto para arranjar uma solução, porque quero estar no Mundial", declarou Defour em exclusivo a O JOGO.
Dito assim pode soar a ultimato, algo que o belga não fez, bem pelo contrário: "Fiz declarações à Imprensa belga que foram mal interpretadas, ou terão sido retiradas do contexto. O que eu disse foi que o meu objetivo na próxima época é jogar mais regularmente no FC Porto. Sei que ninguém me pode garantir a titularidade, mas não posso esquecer que é um ano de Campeonato do Mundo e que se não for titular no FC Porto será mais complicado para mim jogar na seleção, só isso." Com a transferência de João Moutinho para o Mónaco e o recente desabafo de Fernando no Facebook, que o empurrou para a porta de saída, teoricamente o belga até fica com menos concorrência. Mas Defour insistiu: "Não façam confusão, porque estou muito satisfeito no FC Porto, sei que as pessoas confiam em mim e que me querem no clube e isso é importante. Só me motiva para dar tudo de mim para ajudar o FC Porto a revalidar o título. Mas espero que compreendam que não queira falhar o Mundial do Brasil."
O recado estava dado, mas a consciência de que será apenas uma questão de tempo para começarem a desembarcar reforços para o meio-campo também é evidente. "Não acredito que num clube como o FC Porto não se pense em contratar jogadores para o meio-campo, por isso tenho a certeza que vai continuar a haver muita concorrência e é bom que assim seja. Agora, é lógico que para mim seja importante jogar e penso que toda a gente vai compreender isso", frisou.
