Grupo de adeptos do Tottenham exige explicações ao presidente Daniel Levy. Treinadores lamentam decisão e Rodgers revela mesmo por que rejeitou no passado convite para orientar os spur.
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A decisão de Daniel Levy, presidente do Tottenham, prescindir de André Villas-Boas continua a dar muito que falar em Inglaterra e a causar perplexidade. Ontem, vários treinadores da Premier League comentaram o despedimento do técnico português e um grupo de adeptos, denominado "The Tottenham Hotspurs Supporters Trust", foi mais longe, exigindo explicações do líder do clube. "Após a partida de André Villas-Boas, na segunda-feira, e a derrota na Taça da Liga, na quarta-feira à noite, é altura de Daniel Levy, presidente do Tottenham, fazer uma declaração aos adeptos do clube para explicar a racionalidade da decisão de despedir o treinador e clarificar os planos para o futuro", podia ler-se no comunicado.
Villas-Boas recebeu ainda a solidariedade de vários colegas, incluindo Mourinho, embora este tenha feito questão de não comentar especificamente o caso de AVB. "Só quem está envolvido é que pode falar, mas não fico feliz com nenhuma saída. Acredito que quando dás trabalho a alguém é porque confias nessa pessoa. Todos os treinadores devem ter tempo, cumprir o contrato", comentou o técnico do Chelsea.
Já Arsène Wenger afirmou: "Se olharmos para o lado matemático, foi uma surpresa, ele [Villas-Boas] tinha a maior percentagem de vitórias da história do clube."
Já Brendan Rodgers, técnico do Liverpool, revelou que fez a "escolha certa" ao recusar um convite para treinar o Tottenham, em 2012. "É um grande clube, mas tive em conta a sua história. Tiveram 11 treinadores em 18 anos", comentou, considerando ainda que a saída de Bale teve grande influência nos resultados do Tottenham: "Prova que quando tens um jogador com o factor x não consegues substituir isso por oito ou nove jogadores."