Minhotos preparam a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal dentro do maior rigor
Corpo do artigo
Rúben Micael já está a trabalhar bem e praticamente sem limitações desde o final da passada semana e pode ser um reforço importante para o encontro de amanhã em Vila do Conde, apesar de, tal como outros companheiros, não ter sido utilizado no jogo com o FC Porto, ao contrário de Rafa e Éder, que voltaram aos relvados, e só mesmo a falta de ritmo será uma limitação nas opções de Jorge Paixão.
O treinador bracarense, no final do jogo com os dragões, deixou bem claro que a aposta tem de ser agora a Taça de Portugal. É uma ambição minhota, e António Salvador, o presidente, também já admitiu o fracasso desta temporada, mas mantém forte a esperança de ver a equipa jogar... e vencer a final da Taça.
Por tudo isto, é natural que o Braga esteja a preparar todas as suas armas para a deslocação de amanhã ao difícil estádio do Rio Ave. Vai estar acompanhado por 900 adeptos - e será importante esse apoio - e leva um nulo do encontro da primeira mão, e também algumas tricas que resultaram num esfriar das relações entre os dois clubes.
"O jogo das nossas vidas", como Jorge Paixão chamou a este Rio Ave-Braga, requer muita paciência, algum segredo na estratégia, o que nem é novidade no clube (para o jogo de anteontem com os dragões, nem a lista de convocados foi divulgada), e muita força de vontade, que sobra neste plantel, ainda com jogadores com algum tempo de clube, como Alan (ausente por lesão mas sempre presente no grupo) ou Rúben Micael.
O médio está a contas com um problema lombar, mas já se encontra bem melhor e pode ser uma das armas de Paixão para amanhã. É muito natural que o treinador não divulgue hoje com quem vai contar, mas O JOGO sabe da disponibilidade física do internacional português. Nos últimos treinos, deu sinais muito positivos e contar com ele será ótimo para o Braga, pela sua experiência, pela criatividade e pela qualidade.
É seguro que Jorge Paixão vai voltar a ter Rusescu no ataque, mas falta saber quem acompanha o romeno. Éder é uma possibilidade; jogou 25 minutos com o FC Porto, percebeu-se a falta de ritmo competitivo, mas entra nas contas. Será pelo menos um dos eleitos para o jogo, para entrar a qualquer momento. Mais pronto para a luta parece Rafa: deixou essa indicação no jogo com os portistas e é muito provável que Jorge Paixão queira colocá-lo de início numa das alas. Na outra estará Pardo, um colombiano num bom momento de forma. Caso Éder não alinhe de início, Erick Moreno, outro colombiano, vai fazer a dupla de ataque com Rusescu. Aliás, o treinador tirou-o do jogo com os dragões, poupando-o no último terço do jogo, muito provavelmente também a pensar no jogo da vida que o Braga tem amanhã em Vila do Conde, para voltar ao Jamor 16 anos depois.